segunda-feira, 6 de maio de 2013

Enxoval nos EUA X no Brasil

PARTE I: carregadores, cangurus, slings e afins!


Inicialmente a intenção era fazer apenas UMA postagem, um pequeno guia com dicas para quem vai fazer seu enxoval nos Estados Unidos...

Não deu.

Dividi (por enquanto) a postagem em três partes, e vou tentar publicar as três partes durante essa semana... Ao invés de começar do grosso, decidi começar pelas "pequenas coisinhas complicadas", como o carregador do bebê ou o carrinho. O carrinho será o próximo (não percam!!!).

1. O primeiro filho e seus carregadores Brazucas...


Adoro carregadores, por dois motivos: 1, porque sou agitada e preciso das minhas mãos o tempo todo e 2, porque não tenho muitos parentes e auxiliares por perto para segurar o bebê "um pouquinho"...

Meu primeiro carregador foi o "canguru-mais-barato". Era um canguru cruzado nas costas, utilizável, segundo o fabricante, até os 12 meses (ou seja, 9 kg).
Além de não ter apoio na cintura, na região lombar, o canguru é muito baixo...

Porque ele não deu certo: primeiro, ele apoiava-se nos meus ombros e entre as omoplatas, mas não tinha apoio na cintura. Com isso, depois de um tempo ele começou a forçar a minha já castigada lombar. Além disso, os tais 9 kg é atingido pela maioria das crianças BEM antes dos 12 meses, e mesmo o Heitor, que atingiu exatamente aos 11 meses, já não cabia naquela pequena estrutura.

Antes que ele quebrasse a minha coluna ao meio, comprei um sling... A minha experiência foi maravilhosa com o sling, ainda que eu, admito, não soubesse muito usá-lo nos primeiros meses...

Nesse post, falei sobre a experiência de Heitor com o sling!
Esse sling de tecido é o ideal para os primeiros meses, pois o tecido é firme para apoiar bem a coluna. Eu achei incômodo usar no calor... Torrávamos os dois.

Por isso, quando ele ficou maiorzinho, comprei o sling de malha. Ele não serve, na minha opinião, para os primeiros meses (a malha estica, e a cabeça do bebê não fica bem firme), mas se o pescoço já está firme, é bem mais fresco!

Com um ano!
O sling tem três grandes vantagens: a primeira é que são muitas possíveis posições, todas igualmente gostosas; a segunda é que ele, usado corretamente, não força a bacia do bebê, deixando-o na posição ideal,  com as pernas dobradinhas como uma rã, favorecendo o desenvolvimento das articulações dos quadris. A terceira é que, a depender da estatura e peso da criança, pode ser usado até os três anos!

Importante ressaltar que as argolas deve ser feitas de material super resistente, como alumínio ou inox, para suportar bem o peso do bebê.

A única desvantagem do sling é o peso em um dos ombros. Força um pouco.

E esses eram os carregadores de Heitor, todos comprados no Brasil! Chegamos agora ao nosso enxoval comprado nos EUA.

2. Enxoval de Ben em NY: escolhendo um carregador para uma lombar em frangalhos...


A verdade é que a coluna da mãe de segunda viagem é sofrida... Depois de carregar o peso daquela criança por 2, 3 anos, muitas vezes grávida (oooh, quero encontrar a MÃE que negou colo para o primogênito com a frase "desculpe, filho, recomendações médicas!), você está escaldada: não fará mais economia com a sua coluna querida!

Sob essa máxima, corri para comprar o melhor e mais caro canguru que encontrei na Big Apple: O Miracle, da Babyjorn. Esse vídeo me ganhou completamente:




Ele deu super certo por um tempo. Depois Ben começou a reclamar, passamos ele para a posição "de frente" e ele voltou a amar...

Ele dormiu bastante no canguru aguardando o voo e a conexão.
Essa é a atual posição favorita dele no canguru!
 Muitas críticas são feitas à essa posição "de frente" - porque o ideal é que a coluna do bebê fique curva, como um C, e não ereta, evitando estímulos diretos às coluna. Tenho evitado usar assim por conta disso.

O Sling de Heitor foi bem herdado, também.


Essa é a nossa experiência. Como mesmo uma mãe viciada no Google ERRA, vou dizer quais os carregadores que HOJE acredito serem os mais indicados.

Não me entendam mal, ADORO esses carregadores e super recomendo eles. Mas há outros carregadores com outras características que podem ser mais adequados à situação de cada mãe. Vamos a eles.

3. Bons carregadores para comprar nos EUA.


Pesquisando um carregador que tivesse características semelhantes para uma amiga, encontrei esse da Infantino, que parece ter vantagens em relação ao meu Babyjorn:

Infantino Flip Front 2 Back Carrier, disponível no Amazon.
Achei esse canguru com um preço ótimo (U$ 23,99 no Amazon), e vai de 3.6 a 14.5 kg (uma criança de 3 anos costuma ter esse peso!). Ele tem as três posições (nas costas dos pais, na frente dos pais virado de costas e de frente). Além disso ele tem o apoio na cintura, para suporte da lombar.
Infantino Union Ergonomic Carrier, também disponível no Amazon.

Esse canguru da Infantino acima custa menos de 30 dólares e lembra um Mei Tai, que é um carregador tipicamente oriental. Ele tem duas posições (na sua frente e nas suas costas), e a melhor parte: vai de 3.6 a 18.14 kg!! Pode levar seu grandão feito mochila! Mas a maior vantagem dele é que as costas do bebê permanecem curvas, conforme recomendação médica. Da mesma forma, as pernas ficam abertinhas, na posição de rã.

Essa opção é muito usada, e muito recomendada nos EUA e nos mochileiros em geral. A marca é ERGOBABY, e apesar de ser mais caro, não encontrei um usuário insatisfeito!

ERGObaby  Original Baby Carrier. No Amazon.

Vai de 3 a 18 kg - até os 3 ou 4 anos da criança... É leve e tem um bom apoio na cabeça, diferente do Infantino. Tem um acessório que deixa a parte interna mais quentinha e acolhedora, esse acessório aqui.

Se eu tivesse que arriscar hoje, arriscaria no Ergobaby ao invés do Infantino. Só pelo apoio do pescoço, já que usei com o Ben desde muito cedo (viajamos de volta quando ele tinha só 40 dias). Também levo muito em consideração os reviews nos sites americanos, e achei válido um comentário no Amazon (Ariel Meadow Stallings) em que o consumidor dizia mais ou menos assim: que o Infantino não é tão confortável quanto o Ergo, não é tão ajustável (conta de um amigo alto que estava frustrado porque a faixa da cintura ficava acima dos seus quadris, deixando todo o peso da criança nos seus ombros), e  considera que apesar do tecido sintético ser mais fácil de limpar, não é tão bonito nem macio contra a pele do bebê. E termina: "A Ergo é uma indústria líder por uma razão". É para pensar...

Há também diversos carregadores adequados APENAS para meninos mais velhos, de 1 a 3 anos... Mas vou guardar esse para a futura postagem sobre o que comprar para os filhos "toddler" nos EUA (Aguardem!).

Não posso deixar de mostrar e falar sobre esse carregador aqui:
Chicco Smart Support Backpack, na Amazon.

Bom, ele tem "apenas" 3.18 kg, carrega crianças até 43.5 kg (isso mesmo!), tem proteção contra chuva, excelente apoio lombar.

Por outro lado, pesquisei muitas fotos dele e não encontrei nenhuma que mostrasse ele menor do que isso. Ou ele não fecha, ou não faz tanta diferença quando fecha..

Para MIM, em especial, não faria sentido adquirir um carregador assim. Eu precisava de algo leve e dobrável, que pudesse ser levado no carro, na mala e até na bolsa. Fácil de vestir, rápido de colocar o bebê e que só precisasse de uma pessoa para por a criança ali.

Por outro lado: mochileiros e trilheiros... Esse é o seu carregador de bebês ideal! 

Eu falei das vantagens do Sling e do Mei Tai, mas não detalhei muito sobre adquiri-los nos EUA. Explico no item seguinte.

4. Vale a pena?


A verdade é que ainda sou fã de carteirinha dos slings, wraps e mei tais. Não recomendo comprá-los nos Estados Unidos, apenas porque costumam ser mais caros que os brazucas - e olha que minha pesquisa foi feita nos sites mais recomendados! O Wrap no Amazon está em média 40 a 50 dólares; o Mei Tai, sai por 90 dólares.

Para conhecer e comprar o Mei Tai, o Wrap (que tem a vantagem sobre o sling de distribuir o peso nos dois ombros...) ou o Sling, recomendo o Sampa Sling, clicando aqui.

O meu Sling de malha é da Fibrasca. É vendido em diversas lojas. Fica entre 50 e 70 reais. O de tecido custou 65 reais, em uma liquidação.

 Minha dica é: se você vai viajar para fazer o seu enxoval, e sabe (como eu sabia) que vai precisar de um carregador, avalie a possibilidade de trazer um canguru. Eles, sim, são mais caros no Brasil do que lá fora, e por isso valem a compra. Caso tenha decidido usar os carregadores de tecido ou malha, pode aguardar o bebê nascer e escolher aquele que possivelmente ficará mais adequado à sua rotina e ao temperamento do seu bebê.

Para saber se vale a pena ter esse item, seja trazido de fora ou comprado aqui, primeiro é preciso imaginar qual será a rotina com o bebê: vou precisar sair com ele antes dos 3 meses? Precisaremos viajar? Farei supermercado sozinha com o bebê? Passeios ao ar livre sem o carrinho? Precisarei de um carregador depois dos 9 meses? E dos 12 meses?

Leia bem a descrição de cada carregador e o que dizem as pessoas que usam. Não desista nos primeiros usos, pois todos têm um período de adaptação!

Caso opte por comprar algum carregador fora, lembre-se que nem sempre é possível encontrar AQUELE que você pesquisou nas lojas. Assim, compre com antecedência em sites americanos como Amazon e Target, entregue no hotel e solicite que eles guardem o item (isso é comum em muitos hotéis americanos).

Assim que recebê-lo, coloque no seu corpo e tente testá-lo com algo pesado (li em algum lugar uma sugestão de testar com um saco de alimento de 5 kg, é uma ótima ideia!), imaginando o bebê ali. Foi assim que eu descobri que o carregador que comprei não apoiava bem o pescoço, e acabei trocando pelo outro. Deu tempo!

Finalmente, digo a vocês que não há coisa mais gostosa no mundo do que carregar seu filho colado ao seu corpo, como se estivesse de volta dentro de você. Carregadores não machucam o bebê, e quando bem ajustados ao seu corpo e ao dele, são bastante confortáveis. Lembrem-se, foi assim que vocês andaram por nove meses. E matar essa saudade, não tem preço...

Em breve, falando sobre carrinhos de bebê: no Brasil e nos EUA.
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