quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Viagens de avião com Heitor - problemas e soluções... Atualizado!

Como muitos já sabem, eu moro no Estado de Roraima. Heitor nasceu em Salvador, na Bahia, onde está a maior parte da minha família. O Fernando é do Rio Grande do Sul, onde está a maior parte da família dele. Assim, o Heitor nasceu para viajar. Com 11 meses, já exibe a interessante coleção de nove cartões de embarque. E até o fim do ano serão mais três.
Na primeira viagem, o Heitor tinha só 2 meses e meio. Éramos três na primeira viagem, então não nos preocupamos muito com a "dor nos braços" (são 8 hrs de vôo). Usamos só o aconcheguinho dele como travesseiro para ele:
A mesinha, quando ele é pequeno, serve bem de apoio ao braço!
 Na segunda éramos eu e a babá dele, aos 4 meses e meio. Segui a dica da minha prima Cecília e usei um travesseiro como "colchãozinho" para ele e apoio para os braços:



Só achei o travesseiro muito difícil de carregar na bagagem de mão. Em ambas as viagens, nós fomos de Gol. A Gol não fornece, como a TAM, o carrinho. Por outro lado, eles permitem que a gente deixe para entregar o carrinho na porta do avião, ao comissário, informando antes no balcão e colocando nele a etiqueta apropriada. Tudo isso sem incluir o peso na franquia de bagagem... Na verdade, quem leva um bebê de colo pode levar o carrinho ou o bebê conforto até a porta da aeronave sem incluir na franquia (no caso do bebê conforto, pode levar até mesmo dentro da aeronave, no compartimento de bagagens), mas uma mãe me disse uma vez que sempre leva os dois. Eu nunca quis arriscar, mas de repente... Ela colocava tudo dentro do bebê conforto (sua bolsa e a do bebê), e assim, levava só um volume e o bebê no carrinho.
Caso o vôo tenha conexões, essa prerrogativa do carrinho na porta do avião pode ser uma mão na roda, inclusive para alimentar o bebê no aerporto...
Pede-se ao comissário, uns 15 minutos antes do vôo descer, que o carrinho chegue na porta do avião para usarmos. Ficamos com o carrinho no aeroporto e no novo embarque, devolve-se do mesmo jeito. É possível fazer isso também na chegada ao local de destino.
Esse procedimento só tem um senão: o carrinho estraga muito no bagageiro do avião (como a mala do bebê e bebê-conforto, que eu recomendo sempre embalar com o protect bag). Como meu carrinho é estreito, eu coloquei nele a capa do berço portátil, pedindo sempre que fixem a etiqueta na alça da capa e não no carrinho. Funciona. Cheguei a pensar em mandar fazer uma capa específica. Nos outros países, vendem-se capas bem legais, mas para esse procedimento de que falei, o legal mesmo é ter uma capa que caiba no cesto do carrinho, ou na bolsa, ou seja, não seja uma outra mala a carregar!
Carrinho usando a capa do berço desmontável!

Esse ano algo mudou, agora o carrinho TEM que passar na esteira do raio-X, e o bebê, em seus braços, afastado do corpo, pelo detector de metais. O carrinho do Heitor passa tranquilo ali, mas não sei como eles fazem com os carrinhos que não fecham como guarda-chuva, acho que eles podem não caber. Final do mês, na próxima viagem, eu pergunto. Atualizando: vi uma mãe, na fila, tentar passar um Burigotto, que fecha "dobrando", e ele não coube no raio-X. Os funcionários passaram o carrinho por fora, sem nenhum problema.
Agora também é necessário apresentar o nosso documento e o do bebê ao lado do cartão de embarque, mesmo nas conexões. Foi assim que acabei fazendo o RG de Heitor, aos 2 meses, para não detonar a certidão dele...
Na quarta viagem, para SP, fomos sozinhos, os dois! Infelizmente, por conta disso, não ficou nenhum registro do Heitor, salvo essa cara de sapeca no carrinho fornecido pela TAM:
 

Como eu disse, a TAM fornece carrinho. Usei, além do carrinho deles, o Canguru e um mini-travesseiro, apenas para apoiar o cotovelo. Como meu canguru é bem fofinho (Venezuelano, bem barato!), eu deixava o Heitor nele o tempo todo. Passava do carrinho ao ombro, do ombro ao colo. Ali mesmo, vestidinho no canguru, ele dormia. Fomos bem. Isso só deu certo até os seis meses, hoje el não aceita mais...
Na conexão no Rio, me deu uma vontade louca de ir ao banheiro. Erro de cálculo, pois normalmente deixo o Heitor no colo de algum comissário e vou no avião. Mas aconteceu, e não sabia o que fazer. Acabei fazendo xixi com Heitor no canguru, mesmo, seguindo a dica de Raquel - uma cena de novela, ele ria muito, mas no final, deu certo. Sentei ele no meu colo de frente, ainda preso no canguru, e fiz um malabarismo para usar o papel higiênico... :D
Eu realmente tinha que contar isso! É uma cena hilária, mas agora acho que ela faz parte da nossa história.
Minha prima Paulinha sugeriu levar ele no carrinho ao banheiro de deficientes. Isso eu não consegui, pois hoje os banheiros de deficientes tem assentos especiais, não consegui usá-los. BOM, mas é também uma dica. Está anotada...
Quando passei a viajar sozinha com o Heitor, tive que APRENDER a pedir. Pedir ajuda, pedir licença... As pessoas não costumam se oferecer para ajudar uma mãe, não entendo bem o motivo disso. A minha amiga Ilana veio de Angola grávida de oito meses e empurrou dois carrinhos cheios sozinha, sem que ninguém oferecesse ajuda... Às vezes, contudo, ficamos orgulhosas em situações assim, qurendo "fazer sozinha", ou só com vergonha de pedir. Como não tinha jeito, passei a pedir ao comissário para me ajudar com a bagagem de mão e montar o carrinho no desembarque, aos passageiros para ajudar a retirar as malas da esteira...
Na quarta viagem, fomos ao Sul. 9 hrs e meia. Difícil demais. Resolvi usar o travesseirinho de apoio, somente, na ida. Mas o Heitor, depois dos oito meses, passou a ficar bem mais agitado durante o sono, e eu já não conseguia apoia-lo na mesinha de refeição. Antes de voltar, acabei comprando essa almofada na Leite do Bebê, e me realizei no retorno!
Usando a almofada, ainda da forma errada.
Essa almofada é muito boa. Depois, me ensinaram a usar ela corretamente, com uma das pontas para trás, presa pelas minhas costas e apoiando a coluna (Muito melhor, até para dar o seio!). Nessa foto dá pra ver que estou segurando ela na frente. Usá-la desse jeito também é bom, mas ela escorrega um pouco (e o bebê, junto com ela...)
No Sul, usamos o sling, mas ele escorregava por baixo... Comentarei os slings e cangurus no próximo post.
Na quinta viagem eu viajei bem mais feliz.


Heitor dorme no avião (acompanhado!) voltando de Salvador. Sempre tento marcar assento com alguma mãe na fila, para ficarmos assim, com a poltrona do meio livre (só são 4 máscaras por fileira). Uma dica quando viaja o casal é marcar as poltronas da janela e do corredor, assim dificilmente a do meio será ocupada (dica de Michelle). Caso seja, é só pedir educadamente para a pessoa trocar.
Apertei bem a almofada dentro de uma sacola resistente (estilo "eco-bag") e de quebra trouxe outra malinha, muito melhor.
A malinha do Heitor no avião sempre foi um problema. A da Kipling é linda, mas morro de medo de colocá-la no chão do avião (o meu bolso tem muito ciúme dela!). Além disso, por mais dividida e funcional que seja, não dá pra socar as mil coisas que devem ser levadas em oito horas de vôo... É uma bolsa para passeios na cidade, nunca para avião.
Ganhei primeiro a Mama Bag, da Dican. Ela é MUITO BOA para avião, pois é impermeável, bem dividida (imagine procurar algo em uma sacola embaixo da poltrona, com um bebê no colo!), com porta-chupeta, porta-roupa suja, porta-mamadeira térmico, porta-fraldas e por aí vai... E a melhor parte: é mais barata...
Ela me serviu e serve bem, ainda, mas eu não estava suportando o PESO da alça lateral da Mama Bag nos meus ombros... A minha lombar dói muito desde o parto.
Foi por isso que acabei usando, quando voltei de Salvador, a bolsa Daisy Diaper Bag, da Simple Good. Tem tempo que queria ter uma dessas, mas achava que era consumismo meu. Observei, contudo, que TODAS as minhas malas são utilizadas, e bastante. Ora, claro que para alguém que mal sai de casa, uma mochilinha basta. Eu mesma acharia loucura mais do que isso. Mas para pessoas como eu, que carregam o filho tal qual índia yanomami pela vida, é burrice comprar daqueles conjuntinhos combinados, delicados e fofos, mas nada resistentes a um porão de avião. É burrice, e eu pago R$ 20,00 de protect bag na mala por viagem para lembrar disso toda vez... Uma pessoa como eu deveria ter uma mala resistente, ainda que feia; uma sacolinha charmosinha para a cidade, que combinasse com a roupa da mamãe e coubesse algumas coisas da mãe também, e; uma BOA mala pro avião. No máximo, uma mochilinha pequena, que a criança mesmo carregue no futuro. E só. Tudo muito resistente, impermeável, e a prova de sujeira!
Seguindo a minha sugestão, Marina comprou essa para Tuca e amou; seguindo a sugestão de uso dela, então, eu adotei ela para mim.
Não vou perder linhas falando da Daisy, pois o site do fabricante tem fotos a beça. Ela une a da Dican (impermeável, resistente e dividida) e a da Kipling (bonita, e com prendedor para carrinho), mas tem algo que as duas não têm, e que foi o que me levou a amá-la: ela tem também alças de mochila, o que distribui o peso nos ombros e deixa os braços livres. Ela é enorme, e o trocador é imenso e sistematizado. Eu amo.
Essa é a nossa FAMIGERADA história com aviões... Há tempos me prometo (e aos outros) esse post, mas o excesso de informações e fotos me impediam.
No mais, seguem uns lembretes:

* No avião, só se viaja com Certidão de Nascimento Original ou RG Original, e documento com foto de um dos pais, pelo menos. O filho só viaja no país com um dos pais, fora dele, com ambos, ou com autorização do pai que não viajará, ou de ambos (caso viaje com terceiro), ou judicial.
* O Check-in de pessoa com bebê de colo é preferencial, mas mães com colo não podem fazer check-in online. As primeiras poltronas são super disputadas, convém chegar cedo. Só podem ir 4 pessoas por fileira, por conta das máscaras de oxigênio. As poltronas de trás levantam o apoio dos braços, o que é melhor pro bebê dormir no colo dos dois pais, mas as da frente, tem um espaço maior nas pernas. Na minha opinião, o melhor é a primeira fileira quando ele está acordado e um pouco mais atrás quando ele está dormindo.
*O ideal, para mim, é viajar sempre de madrugada, quando o bebê dorme mais.
* Tem trocador no avião, normalmente fica no banheiro de trás. O Heitor já fez uma boa bagunça lá... Se der para segurar com a fraldinha cheia, na maioria dos aeroportos tem fraldário. Da mesma forma, se conseguir trocar na poltrona, também pode ser mais confortável.

Trocador do banheiro do avião, aberto; Quando tirei essa foto, não achei tão pequeno. Acho que tenho traumas do dia em que o Heitor lambeu as paredes do banheiro...
 Eu troco Heitor sempre nos fraldários dos aeroportos. Encho o bumbum de Benpantol, Hipoglós, e espero. Não consigo trocar na poltrona do avião  porque ele é muito agitado, e normalmente o cocô dele fede demais, incomoda os outros passageiros.  O trocador do avião eu tenho procurado ignorar, desde que ele lambeu a parede do banheiro! Mas não o descarto, afinal, nem sempre o cheiro permite... Cante, faça careta para ele distrair do ambiente novo, e seja rápida! E leve ao banheiro só o essencial. Ah, e não tentar lavar o bumbum na pia. Eu tive que trocar a MINHA roupa depois de tentar...
Heitor no fraldário em Brasília
*As comissárias podem colocar a água e o pó na mamadeira por você. Mas eu levo tudo pronto nas Umix. Se precisar de outra, coloco a água na mamadeira e levo assim, com o pó no porta leite em pó. Normalmente levo uma a mais, porque tenho histórico de apagões aéreos, overbooking, cancelamentos...
*Use potinhos. Levar comida de casa é loucura.
*Amamentar nessas horas é tudo. As decolagens e aterrisagens costumam fazer pressão no ouvido do bebê, assim, é bom dar o peito nessas horas. O de Heitor só incomoda na descida. Na falta do peito, uma chupeta. Na falta dela, a mamadeira. Observe bem quando o avião começa a descer, pois normalmente é bem antes do piloto avisar. Pode ser tarde demais quando você perceber.
*Quando ele tiver maiorzinho, boas opções para distrair são os DVDs Portáteis e biscoitinhos de maisena. Brinquedos que eles podem jogar no chão são inviáveis se você não quer correr atrás deles embaixo das poltronas alheias... Mordedor bom para a fase "nascendo dentes" são os DESSE tipo, que prendem no braço do bebê com velcro, ou DESSE, pois você pode segurar a argola... Leve no mínimo, três brinquedos, porque eles enjoam fácil.
*Leve um vidrinho de álcool a 70% em frasquinho spray na malinha. Eles são ótimos para esterilizar mordedores que cairam no chão, limpar "coisas" que escorregam da fralda a até mãozinhas que pegam onde não devem...
*Uma lanterninha de bolso pode ajudar a não despertar o bebê com a luz forte do avião, e ainda pode ajudar a distraí-lo, deixando "a bolinha passear".
*Parece mentira, mas em algumas situações a janela é melhor do que o corredor. Eu gosto mais para apoiar o ombro e dormir encostada ali... Além disso, o ar frio costuma sair bem pelos corredores, de modo que seu bebê não poderá dormir com a cabeça virada para um dos lados sem congelar... Acrescento ainda que o carrinho do serviço de bordo passar raspando pela cabeça ou pé do seu bebê dormindo pode não lhe agradar muito...
*Leve sempre um lanche fácil para você.
*Durma quando o bebê dormir. Se precisar de remédio de enjôo, tome 30 minutos antes do embarque. É mais fácil segurar o sono antes do bebê dormir do que depois dele acordar...

Comentários
8 Comentários

8 comentários:

  1. hahaha
    que chique esse bebê, tá mais viajado que eu já...huahauha

    Lindo ele amiga ♥

    Passando pra desejar linda semana!

    Bezinhos nossos

    Mamãe Deínha e Nenê ♥

    ResponderExcluir
  2. Que delicinha o Heitor! Tá lindo no avião...rs "ainda mais gatinho".
    Nunca tive a oportunidade de viajar num avião, se bem que eu acho que mais "evitei" do que faltaram oportunidades hehehe.

    Sobre sua resposta no meu post. Eu tenho a cabeça muito longe desse negócio de ser MÃE MARAVILHA. Infelizmente ou felizmente...o que eu prezo é o bem-estar da minha filha, mesmo que para isso eu tenha que ser uma mera mortal. Não preciso ficar expondo aparências. Tentar ser um exemplo de mãe no século XXI que estuda, trabalha, cuida da casa, dá mama no peito, usa sling, faz chapinha e exercícios físicos tudo ao mesmo tempo rs, quem dera ter eu este poder!
    Se minha razão de viver está lá morrendo de dor, porque não tentar de tudo para tentar ajudar?

    Bjs grandes, obrigada pelo carinho^^

    ResponderExcluir
  3. Ai.. Passei aqui correndo.
    Será que já é tarde?
    Só agora vi que vc veio para o encontro de repercusao geral... Minha chefe tbm esta participando (ela já foi juíza auxiliar da Presidencia do STF) e eu ia aparecer, mas desisti. Poderia ter sido uma boa oportunidade de nos conhecermos...
    Mas depois me conta como foi a viagem e ficar longe do Heitor.. (Suspirei só de pensar).

    Passo com mais calma depois!

    Beijos

    ResponderExcluir
  4. Oi Lena!!! Estou passando pra retribuir as visitas!
    Seu log tb tem dicas muito legais.
    Ainda não viajei de avião com a Alice, mas de ônibus sim, como contei no post em que viajamos a Porto Alegre. É sempre uma super tralha pra levar né?

    De que cidade é o marido???

    Beijos pra ti e pro Heitor

    ResponderExcluir
  5. Lena,
    que bom que se juntou a nós no meu blog...com certeza trocaremos dicas e experiências...nossa nem me imagino fazendo viagem de avião tão cedo com o baby,mas as dicas são valiosas!
    bjão e visite sempre que quiser!

    ResponderExcluir
  6. Ixi, tá igual aqui em casa! A primeira viagem de avião da Bia foi com 1 mês e 27 dias!
    Ele já tá descolado com avião, então! hahahahaha
    bjbj

    ResponderExcluir
  7. querida adoreiii!!
    se poder me dizer como vc fez pra dormir nas viajem q vc foi so com o bebe,me ajudaria muito,quais os cuidados?!?!

    ResponderExcluir
  8. Thalita, não tou conseguindo acessar teu perfil blogger, vou comentar aqui msm, OK? Sinceramente, não durmo muito qdo viajo sozinha com ele... Pego a janela, coloco um travesseiro entre a parede do avião e a cabeça e vou tentando! Acho que importante é vc ter certeza que ele não vai escorregar dos seus braços! De repente cruzando uma perna sobre a outra, e colocando o travesseiro sobre as pernas para apoiá-lo, no meu caso ajudava bastante qdo ele era menor. Depois que eles crescem fica bem mais fácil, pq eles dormem meio sentados, já durinhos... O Heitor já se "abraça" sozinho no meu corpo, daí fico mais segura.
    Tudo depende da idade do bebê e do PESO do seu sono! rs Tem gente que dorme bem sentado e até com os braços cruzados, tem outras pessoas que "caem", soltam os braços... Mas com o travesseiro e as pernas bem apoiadas, dá pra "pescar" um soninho...! rs Abs!

    ResponderExcluir