sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Decoração de Natal à Prova de Heitor

Como fazer uma decoração de Natal "à prova de Heitor"? Meu filho é um ratinho na agilidade e um rolo compressor na destruição de itens decorativos!
Pensei em não fazer nada, mas sempre foi um prazer para mim decorar a casa no Natal, ainda que com pequenas coisas... Além disso, é o primeiro Natal dele "não-RN". Queria que ele vivesse, mesmo sem ter muita noção, o colorido das luzinhas e das coisas fofinhas do Natal!
Soluções que encontrei:
1) adesivos de parede natalinos. Só usaremos uma vez, mas valeu já o gasto. Saíram por R$ 35 reais os três, e ele passeia pela casa, alisando e beijando o duende, o papai noel e a rena! Coloquei cada um em um cantinho "passeável", bem à mão de Heitor.

Heitor e o Duende - estrategicamente, ao lado do Jardim!

Papai Noel deve ser o mais docinho, pq ele lambe muito as bochechas rosadas do bom velhinho...

2) Enfeites inacessíveis: a árvore é minúscula, é só para dizer que há uma árvore onde por os presentes... Só tem uns enfeites pequeninos e um pisca que ligamos à noite e que deixa ele fascinado...!
A garrafa de Absolut dourada foi só uma piada boba...

Amei esse enfeite! O Heitor não alcança, pois está preso no alto da cortina. O Papai Noel faz rapel pela corda, subindo e descendo!

No mais, dei um laço dourado no coqueiro do jardim e colqouei piscas na porta de entrada. Está difícil colocar mais piscas, pois a chuva não dá trégua e tenho medo....
Ontem Heitor foi fazer umas fotos natalinas no estúdio, a pedido deles. Vestiram ele de Papai Noel e a mamãe "xentibooooa" improvisou uma fantasia de rena em casa, que eles adoraram e pegaram emprestada, na hipótese de outras mães "xentiboooas" quererem vestir também em seus filhinhos... :D
Definitivamente, o Natal é minha festa favorita!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Viajar sem bebê.

Bordejando por Brasília, à noite.

Nada mais natural que contar como foi viajar SEM ele, logo depois de contar como costuma ser viajar com ele...
Assim que soube que teria que passar 3 dias e meio fora, a trabalho, para um encontro em Brasília, senti um misto de excitação com excitação! Já tinha um tempo que queria testar o Heitor por uns dias longe de mim, mas me faltava coragem. Sem escolha, ficou melhor ainda.
Como Heitor faz duas refeições completas, além dois lanches e três mamadeiras, amamentar não seria mais um problema. Levei a bomba, para evitar mastite (chega a ser engraçado falar de mastite agora, mas enfim, prevenir não faz mal!), ensinei o papai a colocar bebê para dormir, a preparar a vitamina da noite, e gravei umas musiquinhas cantadas por mamãe no celular dele... Unicamente porque ele se recusa a cantar para Heitor! Sabe-se lá porquê.... Enfim, fui preparar a minha mala, toda feliz, não sem antes buscar umas roupinhas para o evento, fazer as unhas, o cabelo, essas coisas que eu sempre deixo para depois, no afã de atender às necessidades de Heitor....
No dia da viagem, eu admito que surtei um pouco. Um misto de pavor com a excitação do início.
Abrindo um parênteses, na verdade ainda sinto um restinho de culpa pelo Heitor ter ido à UTI com Taquipnéia Transitória, porque meu inconsciente materno não me deixa não achar que isso aconteceu porque eu antecipei o parto. Daí, não me permito afetar em nada a rotina do Heitor para me deixar mais confortável... Essa culpa besta é a mesma que não me deixa parar de amamentar e ir cuidar corretamente do meu emagrecimento. Acho que o pavor veio daí, também.
Afinal, fui fazer as malas. Coloquei na mala "todas as roupas que gostava", em um espírito exagerado, muita maquiagem e bijoux, três pares de sapatos, ferro de viagem, secador e prancha, enfim, muito mais do que precisava para 3 dias fora. Exagerei, achando que ia precisar tirar algumas coisas para a mala fechar... Tchans, fechava e sobrava espaço! Me senti, depois de tantas malas abarrotadas que fiz esse ano, muito esquisita, com uma sensação constante que estava esquecendo algo. Não, não era o Heitor. Era a infinita e minuciosa bagagem que o acompanha!
Fechada a mala, fui para o procedimento usual de revisar mentalmente o que podia faltar... "Cozinha!" "Não, isso é para quando o Heitor vai". "Potinhos... não, do Heitor". "Esterili.... não!". Foi assim que descobri que fazer malas "normais" passa a ser algo ABSURDAMENTE SIMPLES depois que já passamos pelo desespero de preparar as bagagens de uma família com bebê lactente!
Deixar ele sair do meu colo foi difícil, mas assim que entrei na sala de embarque, desliguei. Simplesmente voltei a ser eu! Não sei explicar, a sensação que tenho agora é que fiquei absurdamente egoísta naquele momento. Mas não, não era egoísmo. A verdade é que não dá para ser mamãebebê, essa entidade fundida, para sempre. Em algum momento, precisamos "descolar" deles e ir aprendendo a ficar só juntinhos, ainda que separados. Simplesmente mamãe+bebê, independentes.
Eu não tinha IDÉIA do quanto precisava viajar sozinha. Foi ainda mais feliz por ser a trabalho, um trabalho que AMO fazer. Foi mais feliz por ser especialmente para resolver problemas antigos relacionados especificamente às minhas funções no Tribunal. Foi excitante como normalmente seria, em qualquer época, com ou sem um bebê em minha vida. Foi só Helena, como sempre foi. Foi a minha vida, voltando aos pouquinhos a ser como ela sempre foi...
Acho que um filho nos transforma. Eles nos dão outra dimensão da vida, nos dão novos óculos. Mas não matamos o que fomos, simplesmente pintamos nossos antigos quadros com cores mais vivas. Heitor, o filho de Helena, essa pessoa cujo nome atribuído subverte o mito grego (já que, ao invés de morrer por conta da chegada de Helena, nosso Heitor nasceu dela...), certamente saberá a importância de respeitar a sua própria essência, ainda que a vida o leve para mares com diferentes cores e temperaturas. Porque a sua mamãe, mesmo transformada, mesmo tendo mergulhado de cabeça na sua condição de mãe de Heitor, simplesmente não deixa de ser o que é.
Não sei como dizer sem me sentir monstruosa que não lembrei de bebê por muitas horas do primeiro dia. Pensei muito nele durante o vôo (que levou 8 horas!), mas muito mais pela sensação de ausência (já que passamos o ano passeando juntos de avião) do que por saudades. Na verdade, achei voar sem bebê até meio tedioso... São tantas emoções e coisas para pensar com ele que estar sem ele deixou a rotina aérea até meio vazia...
Só em dois momentos a viagem foi sofrida: quando o papai "torpedeou" a mamãe para dizer que o Heitor acordou chorando de madrugada com a fralda cheia e o bumbum assado, e que ele achava que foi por saudades (o Heitor tem assaduras recorrentes gigantescas, doloridas, mas nunca, nunca mesmo acorda de noite!), e quando assisti, sem querer, um vídeo na memória da câmera, em que ele brincava. Esses dois momentos foram como se "mini-facas" espetassem o coração... Algo como saber que o homem que você ama está com outra pessoa. Uma dor fina, mas aguuuuda...
Parênteses nº. 2: a dermatologista cuidou das assaduras, passando um sabonete de limpeza chamado CetaPhil, que agora usamos sempre que ele faz cocô (lavamos na pia, mesmo). Quando faz xixi, passamos algodão com água, e abolimos os lencinhos. Para proteger, usamos a pomada Cetrilan, muito boa também! Eu tenho pra mim que papai deu uma escorregada naquele dia nas trocas de fraldas. Ainda que a "acordada noturna" tenha sido por saudades de mamãe...
Com isso, mamãe passou o segundo dia do encontro muito feliz. Bebeu uma marguerita frozen feliz, fez compras feliz no shopping...
Ao me ver, o Heitor fez a cara de sempre. Cara de "Oi, mamãe". Eu o beijando feito louca e ele me empurrando. Ficou bem apegadinho durante o resto do dia, não a mim, mas aos meus (dele?) peitos... Não bombeei nada durante a viagem, e o leite parecia ter secado, mas ele mamou por 10 minutos em cada um e olha o jato lá, de volta!
Segundo a babá, Heitor nunca comeu tão bem e dormiu tão rápido como quando eu não estava! Ahá!
Quando acordou no dia seguinte, e fui buscá-lo no berço, e então ele me olhou com um sorriso de "mamãe, você ainda existe!", inconfundível, que me fez sentir uma saudade retroativa danada.

Ainda estou matando as saudades.... Quem é que sofre com a viagem da mamãe? Só a boba da mamãe, mesmo!
No primeiro dia do encontro, com a Gi. Mamãe feliz.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Viagens de avião com Heitor - problemas e soluções... Atualizado!

Como muitos já sabem, eu moro no Estado de Roraima. Heitor nasceu em Salvador, na Bahia, onde está a maior parte da minha família. O Fernando é do Rio Grande do Sul, onde está a maior parte da família dele. Assim, o Heitor nasceu para viajar. Com 11 meses, já exibe a interessante coleção de nove cartões de embarque. E até o fim do ano serão mais três.
Na primeira viagem, o Heitor tinha só 2 meses e meio. Éramos três na primeira viagem, então não nos preocupamos muito com a "dor nos braços" (são 8 hrs de vôo). Usamos só o aconcheguinho dele como travesseiro para ele:
A mesinha, quando ele é pequeno, serve bem de apoio ao braço!
 Na segunda éramos eu e a babá dele, aos 4 meses e meio. Segui a dica da minha prima Cecília e usei um travesseiro como "colchãozinho" para ele e apoio para os braços:



Só achei o travesseiro muito difícil de carregar na bagagem de mão. Em ambas as viagens, nós fomos de Gol. A Gol não fornece, como a TAM, o carrinho. Por outro lado, eles permitem que a gente deixe para entregar o carrinho na porta do avião, ao comissário, informando antes no balcão e colocando nele a etiqueta apropriada. Tudo isso sem incluir o peso na franquia de bagagem... Na verdade, quem leva um bebê de colo pode levar o carrinho ou o bebê conforto até a porta da aeronave sem incluir na franquia (no caso do bebê conforto, pode levar até mesmo dentro da aeronave, no compartimento de bagagens), mas uma mãe me disse uma vez que sempre leva os dois. Eu nunca quis arriscar, mas de repente... Ela colocava tudo dentro do bebê conforto (sua bolsa e a do bebê), e assim, levava só um volume e o bebê no carrinho.
Caso o vôo tenha conexões, essa prerrogativa do carrinho na porta do avião pode ser uma mão na roda, inclusive para alimentar o bebê no aerporto...
Pede-se ao comissário, uns 15 minutos antes do vôo descer, que o carrinho chegue na porta do avião para usarmos. Ficamos com o carrinho no aeroporto e no novo embarque, devolve-se do mesmo jeito. É possível fazer isso também na chegada ao local de destino.
Esse procedimento só tem um senão: o carrinho estraga muito no bagageiro do avião (como a mala do bebê e bebê-conforto, que eu recomendo sempre embalar com o protect bag). Como meu carrinho é estreito, eu coloquei nele a capa do berço portátil, pedindo sempre que fixem a etiqueta na alça da capa e não no carrinho. Funciona. Cheguei a pensar em mandar fazer uma capa específica. Nos outros países, vendem-se capas bem legais, mas para esse procedimento de que falei, o legal mesmo é ter uma capa que caiba no cesto do carrinho, ou na bolsa, ou seja, não seja uma outra mala a carregar!
Carrinho usando a capa do berço desmontável!

Esse ano algo mudou, agora o carrinho TEM que passar na esteira do raio-X, e o bebê, em seus braços, afastado do corpo, pelo detector de metais. O carrinho do Heitor passa tranquilo ali, mas não sei como eles fazem com os carrinhos que não fecham como guarda-chuva, acho que eles podem não caber. Final do mês, na próxima viagem, eu pergunto. Atualizando: vi uma mãe, na fila, tentar passar um Burigotto, que fecha "dobrando", e ele não coube no raio-X. Os funcionários passaram o carrinho por fora, sem nenhum problema.
Agora também é necessário apresentar o nosso documento e o do bebê ao lado do cartão de embarque, mesmo nas conexões. Foi assim que acabei fazendo o RG de Heitor, aos 2 meses, para não detonar a certidão dele...
Na quarta viagem, para SP, fomos sozinhos, os dois! Infelizmente, por conta disso, não ficou nenhum registro do Heitor, salvo essa cara de sapeca no carrinho fornecido pela TAM:
 

Como eu disse, a TAM fornece carrinho. Usei, além do carrinho deles, o Canguru e um mini-travesseiro, apenas para apoiar o cotovelo. Como meu canguru é bem fofinho (Venezuelano, bem barato!), eu deixava o Heitor nele o tempo todo. Passava do carrinho ao ombro, do ombro ao colo. Ali mesmo, vestidinho no canguru, ele dormia. Fomos bem. Isso só deu certo até os seis meses, hoje el não aceita mais...
Na conexão no Rio, me deu uma vontade louca de ir ao banheiro. Erro de cálculo, pois normalmente deixo o Heitor no colo de algum comissário e vou no avião. Mas aconteceu, e não sabia o que fazer. Acabei fazendo xixi com Heitor no canguru, mesmo, seguindo a dica de Raquel - uma cena de novela, ele ria muito, mas no final, deu certo. Sentei ele no meu colo de frente, ainda preso no canguru, e fiz um malabarismo para usar o papel higiênico... :D
Eu realmente tinha que contar isso! É uma cena hilária, mas agora acho que ela faz parte da nossa história.
Minha prima Paulinha sugeriu levar ele no carrinho ao banheiro de deficientes. Isso eu não consegui, pois hoje os banheiros de deficientes tem assentos especiais, não consegui usá-los. BOM, mas é também uma dica. Está anotada...
Quando passei a viajar sozinha com o Heitor, tive que APRENDER a pedir. Pedir ajuda, pedir licença... As pessoas não costumam se oferecer para ajudar uma mãe, não entendo bem o motivo disso. A minha amiga Ilana veio de Angola grávida de oito meses e empurrou dois carrinhos cheios sozinha, sem que ninguém oferecesse ajuda... Às vezes, contudo, ficamos orgulhosas em situações assim, qurendo "fazer sozinha", ou só com vergonha de pedir. Como não tinha jeito, passei a pedir ao comissário para me ajudar com a bagagem de mão e montar o carrinho no desembarque, aos passageiros para ajudar a retirar as malas da esteira...
Na quarta viagem, fomos ao Sul. 9 hrs e meia. Difícil demais. Resolvi usar o travesseirinho de apoio, somente, na ida. Mas o Heitor, depois dos oito meses, passou a ficar bem mais agitado durante o sono, e eu já não conseguia apoia-lo na mesinha de refeição. Antes de voltar, acabei comprando essa almofada na Leite do Bebê, e me realizei no retorno!
Usando a almofada, ainda da forma errada.
Essa almofada é muito boa. Depois, me ensinaram a usar ela corretamente, com uma das pontas para trás, presa pelas minhas costas e apoiando a coluna (Muito melhor, até para dar o seio!). Nessa foto dá pra ver que estou segurando ela na frente. Usá-la desse jeito também é bom, mas ela escorrega um pouco (e o bebê, junto com ela...)
No Sul, usamos o sling, mas ele escorregava por baixo... Comentarei os slings e cangurus no próximo post.
Na quinta viagem eu viajei bem mais feliz.


Heitor dorme no avião (acompanhado!) voltando de Salvador. Sempre tento marcar assento com alguma mãe na fila, para ficarmos assim, com a poltrona do meio livre (só são 4 máscaras por fileira). Uma dica quando viaja o casal é marcar as poltronas da janela e do corredor, assim dificilmente a do meio será ocupada (dica de Michelle). Caso seja, é só pedir educadamente para a pessoa trocar.
Apertei bem a almofada dentro de uma sacola resistente (estilo "eco-bag") e de quebra trouxe outra malinha, muito melhor.
A malinha do Heitor no avião sempre foi um problema. A da Kipling é linda, mas morro de medo de colocá-la no chão do avião (o meu bolso tem muito ciúme dela!). Além disso, por mais dividida e funcional que seja, não dá pra socar as mil coisas que devem ser levadas em oito horas de vôo... É uma bolsa para passeios na cidade, nunca para avião.
Ganhei primeiro a Mama Bag, da Dican. Ela é MUITO BOA para avião, pois é impermeável, bem dividida (imagine procurar algo em uma sacola embaixo da poltrona, com um bebê no colo!), com porta-chupeta, porta-roupa suja, porta-mamadeira térmico, porta-fraldas e por aí vai... E a melhor parte: é mais barata...
Ela me serviu e serve bem, ainda, mas eu não estava suportando o PESO da alça lateral da Mama Bag nos meus ombros... A minha lombar dói muito desde o parto.
Foi por isso que acabei usando, quando voltei de Salvador, a bolsa Daisy Diaper Bag, da Simple Good. Tem tempo que queria ter uma dessas, mas achava que era consumismo meu. Observei, contudo, que TODAS as minhas malas são utilizadas, e bastante. Ora, claro que para alguém que mal sai de casa, uma mochilinha basta. Eu mesma acharia loucura mais do que isso. Mas para pessoas como eu, que carregam o filho tal qual índia yanomami pela vida, é burrice comprar daqueles conjuntinhos combinados, delicados e fofos, mas nada resistentes a um porão de avião. É burrice, e eu pago R$ 20,00 de protect bag na mala por viagem para lembrar disso toda vez... Uma pessoa como eu deveria ter uma mala resistente, ainda que feia; uma sacolinha charmosinha para a cidade, que combinasse com a roupa da mamãe e coubesse algumas coisas da mãe também, e; uma BOA mala pro avião. No máximo, uma mochilinha pequena, que a criança mesmo carregue no futuro. E só. Tudo muito resistente, impermeável, e a prova de sujeira!
Seguindo a minha sugestão, Marina comprou essa para Tuca e amou; seguindo a sugestão de uso dela, então, eu adotei ela para mim.
Não vou perder linhas falando da Daisy, pois o site do fabricante tem fotos a beça. Ela une a da Dican (impermeável, resistente e dividida) e a da Kipling (bonita, e com prendedor para carrinho), mas tem algo que as duas não têm, e que foi o que me levou a amá-la: ela tem também alças de mochila, o que distribui o peso nos ombros e deixa os braços livres. Ela é enorme, e o trocador é imenso e sistematizado. Eu amo.
Essa é a nossa FAMIGERADA história com aviões... Há tempos me prometo (e aos outros) esse post, mas o excesso de informações e fotos me impediam.
No mais, seguem uns lembretes:

* No avião, só se viaja com Certidão de Nascimento Original ou RG Original, e documento com foto de um dos pais, pelo menos. O filho só viaja no país com um dos pais, fora dele, com ambos, ou com autorização do pai que não viajará, ou de ambos (caso viaje com terceiro), ou judicial.
* O Check-in de pessoa com bebê de colo é preferencial, mas mães com colo não podem fazer check-in online. As primeiras poltronas são super disputadas, convém chegar cedo. Só podem ir 4 pessoas por fileira, por conta das máscaras de oxigênio. As poltronas de trás levantam o apoio dos braços, o que é melhor pro bebê dormir no colo dos dois pais, mas as da frente, tem um espaço maior nas pernas. Na minha opinião, o melhor é a primeira fileira quando ele está acordado e um pouco mais atrás quando ele está dormindo.
*O ideal, para mim, é viajar sempre de madrugada, quando o bebê dorme mais.
* Tem trocador no avião, normalmente fica no banheiro de trás. O Heitor já fez uma boa bagunça lá... Se der para segurar com a fraldinha cheia, na maioria dos aeroportos tem fraldário. Da mesma forma, se conseguir trocar na poltrona, também pode ser mais confortável.

Trocador do banheiro do avião, aberto; Quando tirei essa foto, não achei tão pequeno. Acho que tenho traumas do dia em que o Heitor lambeu as paredes do banheiro...
 Eu troco Heitor sempre nos fraldários dos aeroportos. Encho o bumbum de Benpantol, Hipoglós, e espero. Não consigo trocar na poltrona do avião  porque ele é muito agitado, e normalmente o cocô dele fede demais, incomoda os outros passageiros.  O trocador do avião eu tenho procurado ignorar, desde que ele lambeu a parede do banheiro! Mas não o descarto, afinal, nem sempre o cheiro permite... Cante, faça careta para ele distrair do ambiente novo, e seja rápida! E leve ao banheiro só o essencial. Ah, e não tentar lavar o bumbum na pia. Eu tive que trocar a MINHA roupa depois de tentar...
Heitor no fraldário em Brasília
*As comissárias podem colocar a água e o pó na mamadeira por você. Mas eu levo tudo pronto nas Umix. Se precisar de outra, coloco a água na mamadeira e levo assim, com o pó no porta leite em pó. Normalmente levo uma a mais, porque tenho histórico de apagões aéreos, overbooking, cancelamentos...
*Use potinhos. Levar comida de casa é loucura.
*Amamentar nessas horas é tudo. As decolagens e aterrisagens costumam fazer pressão no ouvido do bebê, assim, é bom dar o peito nessas horas. O de Heitor só incomoda na descida. Na falta do peito, uma chupeta. Na falta dela, a mamadeira. Observe bem quando o avião começa a descer, pois normalmente é bem antes do piloto avisar. Pode ser tarde demais quando você perceber.
*Quando ele tiver maiorzinho, boas opções para distrair são os DVDs Portáteis e biscoitinhos de maisena. Brinquedos que eles podem jogar no chão são inviáveis se você não quer correr atrás deles embaixo das poltronas alheias... Mordedor bom para a fase "nascendo dentes" são os DESSE tipo, que prendem no braço do bebê com velcro, ou DESSE, pois você pode segurar a argola... Leve no mínimo, três brinquedos, porque eles enjoam fácil.
*Leve um vidrinho de álcool a 70% em frasquinho spray na malinha. Eles são ótimos para esterilizar mordedores que cairam no chão, limpar "coisas" que escorregam da fralda a até mãozinhas que pegam onde não devem...
*Uma lanterninha de bolso pode ajudar a não despertar o bebê com a luz forte do avião, e ainda pode ajudar a distraí-lo, deixando "a bolinha passear".
*Parece mentira, mas em algumas situações a janela é melhor do que o corredor. Eu gosto mais para apoiar o ombro e dormir encostada ali... Além disso, o ar frio costuma sair bem pelos corredores, de modo que seu bebê não poderá dormir com a cabeça virada para um dos lados sem congelar... Acrescento ainda que o carrinho do serviço de bordo passar raspando pela cabeça ou pé do seu bebê dormindo pode não lhe agradar muito...
*Leve sempre um lanche fácil para você.
*Durma quando o bebê dormir. Se precisar de remédio de enjôo, tome 30 minutos antes do embarque. É mais fácil segurar o sono antes do bebê dormir do que depois dele acordar...

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

DVD Player Infantil - Heitor gostou!

Heitor anda ocupando demais a TV. Como nós não AGUENTAMOS MAIS a Discovery Kids ligada direto, comprei uns DVDs para o Heitor.
Comprei a "Galinha Pintadinha 2", sugestão de 9 entre 10 mães. Patati Patatá, aqueles palhaços chatos, mas eficientes, e acabei por sucumbir à boa e velha Xuxa (no caso, um daqueles primeiros, mais bobinhos).

Coloquei eles para rodar no nosso DVD portátil, from Venezuela. Eis que Heitor achou muito divertido apertar os botões, principalmente quando descobriu o botão que fazia o compartimento abrir. Assim ele podia por o dedinho no DVD que girava.

Solução encontrada (inspirada no jeito como Marina amarra o DVD no carro, para Tuca assistir... Ela amarra no encosto de cabeça do banco traseiro, de modo que ele assiste do bebê conforto. Idéia genial!):
Faixa antiga de amarrar na roupa, passada na "dobra" do DVD e amarrada à poltrona. Essa coisa redonda e preta no chão, embaixo da poltrona, é a cabeça de Heitor.
Quando voltei de Salvador, eis que uma mãe no avião tira da mala do filho um DVD infantil, da TecToy, bem portátil, e os meninos (o meu e o dela) se esbaldam assistindo os palhaços! As teclas são bem simples, o filho dela apertava quando queria sem estragar, e o melhor: o DVD fica bem guardado, não é fácil de abrir...
Pesquisei o preço na internet, mas, é claro, não era algo barato... Dividimos eu, meus pais e minha tia, e compramos um pra Heitor. Como estamos em Roraima, ele só chegou ontem. Mas ele já fez a farra:

O DVD tem um apoio atrás, mas fiquei com medo de usar, pois o apoio eu achei frágil. As teclas são fáceis de apertar e Heitor já aprendeu a pausar e soltar! Para amarrar em um lugar alto também não é complicado, posso fazer na alça emborrachada (essa parte vermelha é borracha). As teclas mais complicadas (on/off e abrir, e os plugs de carregador) ficam embaixo da borracha, nos "nichos".
O único problema é que Heitor quer sempre olhar atrás do DVD, provavelmente procurando os palhaços (Espero que seja para dar-lhes uns coices pela mamãe. Deus me dê forças para suportar os palhacinhos...). Também tem sido complicada a "fase de jogar no chão", na qual ele ainda está: diferentemente do que achei, a borracha lateral não protege a esse ponto. Assim, a gente não deixa ele sozinho com o Player nas mãos, ao menos não por enquanto...
Quando pesquisei, aproveitei e vi boas referências no Reclame Aqui quanto à assistência técnica.O DVD vem com carregador de tomada, veicular e com um DVD do Mickey. Compramos nas Americanas. Atualmente encontrei na FNAC, e na Casa & Video. O difícil é o preço. Mas achei um bom presente, para os casos em que a família decide fazer uma vaquinha! :D

Só corujice: fotos!

Papai deixa bebê nascer na Bahia dá nisso!! Ele acha que cuia é timbau, e batuca feliz... Detalhe para a blusa de guitarra, combinando com a foto seguinte...

Papai me deu essa blusa. Tá, você pode até não gostar do Kiss, mas vai gostar de beijar esses dentinhos para sempre!!
(não sei porque a foto não aparece em pé como o original, mas vai assim mesmo!)

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Sophia chegou!!


Não resisto de postar sobre o nascimento da garotinha mais "misturada" que conheço, a Sophia!
Sophia nasceu em sua casa, em Amsterdam, e é filha de Paula, brasileira e baiana, e do Christiaan, holandês. Desde que Sophia entrou na barriga da mamãe, a titia aqui está absurdamente curiosa para ver no que vai dar essa mistura fantástica! Natural, pois a titia sempre gostou de pimenta e chocolate, açúcar e tomate, feijão e maionese... A titia, é claro, já gosta do tempero "Sophia Mix" antes mesmo dela mostrar ao mundo sua holando-baianidade!
Como Heitor é também um tempero ligeiramente exótico, já que foi concebido em Roraima, filho de baiana com gaúcho, faz muito sentido trazer a Sophia para o seu time especial!
Seja bem vinda, Sophia! Segue abaixo o relato mais-que-gostoso da sua mamãe, sobre o exótico nascimento dessa garotinha tão especial:

"Olá pessoal!

É com muito orgulho e emoção que lhes apresentamos a nossa joia mais preciosa, a doce Sophia.

Com você, querido amigo/familiar, decidimos compartilhar um pouquinho da história da sua chegada a esse mundo.

Mamãe começou a sentir os sinais de minha chegada por volta de uma semana antes do parto. O belo outono de Amsterdam nos inspirou e quase todos os dias saíamos para curtas caminhadas pela vizinhança. Vovó Sônia, recém chagada do Brasil para o grande acontecimento da minha chegada, juntou-se ao nosso trio e garantiu a diversão!

Passados mais ou menos 7 ou 8 dias de contrações fraquinhas e irregulares, mamãe finalmente sentiu que estava entrando em trabalho de parto. Isso aconteceu às 19:00h do dia 24/10/2010.
Empolgados com a notícia da minha iminente chegada, papai e vovó começaram os preparativos. Vovó ligou pro vovô do Brasil pelo skype e entre uma contração e outra mamãe ainda pôde dar um alô pro vovô do Brasil e pra meu tio Juca, que estava por lá. Enquanto isso, papai preparava na sala a banheira em que eu viria a nascer 10 horas mais tarde.
As contrações da mamãe começaram a ficar mais intensas e menos espaçadas. Por volta das 23:00h, a parteira chegou aqui em casa. Mamãe já estava com 4 centímetros de dilatação e com contrações intensas a cada 4 minutos.
Oba, era hora de entrar na banheira! A água quentinha ameniza a dor das contrações consideravelmente e proporciona um ambiente relaxante para a mamãe. Eu adoro água!
Nas horas seguintes à chegada da parteira, as contrações evoluiram a intervalos cada vez menores e a dilatação seguiu sempre progressiva.
Por volta das 04h da manhã do dia 25 de outubro de 2010, já com 9 cm de dilatação, quando as contrações de mamãe pareciam insuportáveis a bolsa rompeu e o parto chegou ao que se chama estágio final.
A partir das 04 da manhã, mamãe começou a sentir as chamadas contrações de expulsão. A emoção, a adrenalina e o amor no coração de todos pareceram inundar o ambiente. Papai esteve com mamãe o tempo todo! Massageando-lhe as costas, falando-lhe palavras de incentivo. Foi lindo! Vovó também foi super brava. Segurava-lhe as mãos e orava. Jesus também estava presente, é claro! Preparou tudo e estava lá na sala abraçando todo mundo.
Às 4:52h do dia 25 de outubro de 2010 eu nasci em paz. A água da banheira me amenizou o choque do nascimento. A parteira me entregou imediatamente para o colo da minha mãe e eu nem chorei. Fiquei com ela abraçadinha por volta de 20 minutos. Papai me cortou o cordão umbilical. Foi o momento mais emocionante das nossas vidas e a inauguração do nosso elo enquanto família.
Bom, depois disso tudo foi que vieram aquelas outras iniciações básicas... Primeiro chorinho, primeira mamada, primeira troca de fraldas... Manterei vocês a par de minhas novas aventuras, mas como a minha vida está apenas começando, por enquanto é só. ;)
Beijão!

Sophia Kelder nasceu às 04:52h do dia 25 de Outubro de 2010, na cidade de Amsterdam, capital da Holanda, pesando 4,740kg e medindo 55cm. O parto transcorreu de maneira totalmente natural, sem a necessidade de anestesia ou qualquer procedimento cirúrgico. Paula pariu como as índias e tem o que as parteiras holandesas classificam como talento natural para o parto.

Sophia chegou iluminando a todos e fazendo de nós uma família muito muito feliz!

Com carinho, os pais mais felizes,

Christiaan e Paula".


P.S: A Paula acabou de me mandar o seguinte link: Amigas do Parto, que descreve como funciona o Sistema de Partos na Holanda. Muito interessante, mas é tão difícil acreditar que algo assim pudesse ser implantado no Brasil! É uma pena...

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

10 meses e meio. Heitor, o leitor.

O post é atrasado, porque mamãe demorou de passar no estúdio para pegar as fotos.
Esta foto foi tirada na sessão de acompanhamento fotográfico mês a mês de Heitor. Essa em especial foi do mês passado, quando ele tinha 10 meses.
Heitor, o leitor
Eu tinha lido um artigo na internet dizendo que o bebê ter contato com o "instrumento" livro não deixava de ser um estímulo à leitura. Comprei então uns livros dessa coleção "Toque e Descubra". São excelentes e ele já detonou o primeiro! Na primeira fase, ele usava como mordedor, porque os livros são fofinhos. Eu também costumava sentar com ele no meu colo e ia mostrando os desenhos, folheando o livro. Acabamos captando essa pérola, aos 4 meses, que me fez acreditar que o estímulo estava funcionando...


Em tempo: ele não gosta de livros de pano! Não sei bem o porquê, acho que ele os acha muito diferentes dos livros de adulto. Os outros que ganhou, mais "durinhos", ele gosta também.
Heitor recomenda aos amiguinhos os seus livrinhos. Afinal, se Heitor rima com leitor, não podia ser diferente... ;)

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Tchau pro Neudo e Charlie Sheen!

As novidades não param depois da virada dos dez meses. Heitor virou o show e nós, meros expectadores.
Mês passado ele aprendeu a dar tchau. Desde então, ele "dispensa" qualquer um. Às vezes, balança as duas mãos ao mesmo tempo, dando, digamos, um "tchau duplo".
Nunca pensei que o tchau fosse uma coisa tão fofa. Aquela mãozinha fofucha balançando no ar, é uma das coisas mais engraçadas que já vi.
Durante o último debate eleitoral para governador no Estado, ele "abanou" aos mãos para o Neudo Campos todo o tempo. Era só o Anchieta aparecer e ele parava, mas quando o Neudo falava, e ele imediatamente dava seus tchaus... Provavelmente por conta do gesticular do candidato, que ele interpretava como um abano. Bem, como todas as pesquisas apontavam a vitória do Neudo, eu brinquei: se o Neudo perder, vou colocar o Heitor para dar tchau para os números da Mega-Sena...
Resultado: O Anchieta virou e ganhou as eleições. Mãe Dinah perde feio para o Heitor!
Assistir ao desenvolvimento dele - mais do que isso, a sua descoberta da capacidade de se comunicar e interagir, é muito fantástico. Vê-lo manifestar sua vontade, suas frustrações, suas alegrias, em signos semelhantes aos nossos, tem me feito desacelerar a noção de "vida por um click" para analisar a complexidade de tantas ações que praticamos cotidianamente e perceber como o ser humano é fantástico.
Li ontem que para andar a criança precisa, além encontrar o seu centro de gravidade para ficar em pé, achar forças para levantar um pé e se equilibrar no outro ao impulsionar. Fiquei pensando: meu Deus, algo tão corriqueiro, cotidiano, mas como deve ser muito, muito difícil!
A última novidade do Heitor é que ele aprendeu a pedir "Two and a half Men"! Tudo começou quando ele passou a apontar para a TV, resmungando "MEN!", e a boba aqui da mãe achando que ele dizia "mãe", algo como "mãe, liga a TV"... Mamãe ligava a TV, e ele assistia o que passasse, caladinho.
Um belo dia, ao identificar a série passando, o Heitor levanta os dois braços com toda a sua alegria contida, e dispara a gritar, sem parar, o bordão "MEN, MEN, MEN, MEN", enquanto o Charlie Sheen, o Jon Cryer e o Angus T. Jones cantam o tema de abertura... Não me deixou dúvidas: o "Men" não era pra mim...

Desde então eu deixo a abertura da série gravada no SkyHD, para disparar o play sempre que ele faz birra, chora ou não quer comer. Santo Charlie Sheen, que renovou o contrato com o Warner Channel!!!