quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Acalmando o bebê

Cuidar de um recém-nascido pela primeira vez pode ser um pesadelo. O Heitor sempre foi um bebê muito tranquilo (ou, no dizer da Encantadora, um "bebê-anjo"!), mas passamos por alguns momentos de stress, por conta de cólicas, cansaço, tédio, enfim, por vezes o Heitor abria o berreiro, e não conseguíamos acalmá-lo...
Daí usei a dica de uma amiga, a Michelle. Liguei o secador de cabelos, apontado para o ar, próximo ao berço. Imediatamente, o Heitor ficou em silêncio, calminho, escutando o barulhinho!
Segundo a Michelle, o barulhinho do secador se assemelha muito ao som que os bebês escutam no útero materno.
Fiquei tão intrigada, que fui pro google. Na verdade, o principal som que os bebês ouvem no útero é o som do sangue "caminhando" na corrente sanguínea (parecido com o som do secador) e as batidas do nosso coração.
Nessa pesquisa, encontrei ainda esse CD, da coleção "Happy Baby", próprio para recém-nascidos:
"Música para dar boas-vindas aos primeiros momentos do bebê. Estudos conduzidos pelo Dr. Fred J. Schwartz M.D (Hospital de Piedmont Atlanta, Georgia EUA), mostram que bebês são capazes de ouvir ainda dentro do útero, os sons ao seu redor. Neste CD, lindas canções de ninar foram mescladas às características sonoras do útero materno e incorporadas a seu ritmo e pulsação.
O resultado é um som delicado e original que acalma os recém-nascidos e os ajuda a ter um sono sereno e tranqüilo".


Também existem vídeos com o som do útero no You Tube, e um outros CDs parecidos, como um com sons que acalmam, como chuva no telhado.
O Happy Baby eu vi na FNAC e nas Americanas. Também está disponível no Sonora.


Nas pesquisas, achei também outros dados relativos às formas de acalmar o bebê reproduzindo o ambiente uterino. Segundo o Dr. Harvey Karp, o bebê no útero fica apertado, em posição fetal, todo recoberto pela parede do útero, aquecido e "embalado" pelos nossos movimentos. Ele diz, contudo, que o  ele ouve o “shhhh shhhh” que o bebê escuta refere-se ao som do coração e dos intestinos da mãe. O som deve ser feito relativamente próximo ao ouvidinho do bebê, de modo que ele o escute mais do que ao próprio choro.

Assim, na falta do CD, do secador e até do "you tube", vale a fórmula da vovó: acalente o bebê no seu colo, bem fechadinho, em posição fetal (pode usar também um "charutinho" com a manta, aprenda como fazer aqui); embalar ele bem de leve, fazendo som de "shhhhshhhh" (segundo a Encantadora de Bebês, esse som deve ser contínuo, e não "quebrado" (shh-shh-shh-shh-shh). Leves tapinhas no bumbum também ajudam (são as batidas do seu coração...).


Escrever esse post me deu uma saudade do meu bebê embrulhadinho em seu casulinho...


Com dois meses, comportado e agasalhado...

Com dez. Sem comentários!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Carta a Heitor Número 3 - Adeus ao bebê Theo

Filho, hoje a mamãe ficou muito triste, porque ficou sabendo que ontem o Theo foi para o céu. Theo é um bebezinho que tem exatamente a sua idade, pois vocês dois nasceram no mesmo dia. A mamãe leu a historinha do Theo contada pela mamãezinha dele. Ela, como a sua mamãe, estava se preparando para o primeiro aniversário de vocês! Você e o Theo, bebê, quase tiveram o mesmo nome, como você vai poder ler um dia no seu Livro de Bebê. E um dia, bebê, quando você aprender a rezar, manda um beijo enorme ao Theo. Vocês dois, não merecem lágrimas, só merecem festa.

Dica cidadã

Vim contar uma experiência minha e deixar a dica, caso alguma goste da idéia!
Dia desses saiu no jornal aqui que o Banco de Leite da Maternidade Pública estava com o estoque baixo e sem carro pra ir buscar leite nos subúrbios, onde ficam as doadoras.
Eu pensei: poxa, tenho leite suficiente pra doar e dar a Heitor (ainda!!), e tenho carro pra levar lá, caso não possam buscar... Daí eu fui até lá.
Foi muito engraçado. Demorei até conseguir fazer a médica entender que meu filho já tinha 10 meses e meio, que o leite sobrava e ele fazia a festa, mas que não precisava do leite. Eu disse: olha, dá pra tirar uns 50 ml uma vez ao dia, não é muita coisa, e ele ainda mama umas duas vezes mesmo assim. Ela disse: pra vc é pouco, pra eles é muito! Ela me agradeceu tanto, ela e algumas enfermeiras. Disseram que estavam precisando mesmo do leite, para os prematurinhos.
Me passaram toucas, potes esterilizados e máscaras, e deram um treinamentozinho. Bombeio agora uma vez ao dia, leva uns 20 min. Eles tem conseguido buscar (como minha casa é mais central, fica mais fácil pra eles), e eu encho um pote deles a cada 3 ou 4 dias.
Foi tanto agradecimento que ouvi, tanto "Deus cuide de vc e do seu bebê", que tenho feito isso com um prazer imensurável. Deixo aqui a idéia, às vezes basta uma ligação para um banco de leite... Normalmente eles têm carro (sei que em Brasília são os bombeiros que buscam nas casas), eles vão até sua casa, levam os potes vazios, e vão buscar o leite depois. Não custa, e faz uma alegria só.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Sacos de Esterilizar, alegria das mamães em trânsito!

Sei que já falei desses sacos de esterilizar, mas cada vez que recorro a eles, mais agradecida fico!

A Medela também tem sacos iguais. Com eles, bastam 60 ml de água, 1:30 min de microondas e voilá! Esterilizadas duas mamadeiras, chupetinhas, o que for! Cada saco pode ser usado por 10 vezes.
São ótimos para os momentos em que você está cansada, precisando dormir, está só com o bebê e as mamadeiras estão imundas.
Além disso, esses sacos significam uma "folha de papel" na minha mala já tão abarrotada, e menos um volume a carregar após 8 hrs de vôo. Lágrimas vêm aos meus olhos só de pensar.
Comprei cinco, mas ainda estou no segundo, com duas viagens de 10 e 7 dias nas costas.

Mamãe de Heitor recomenda (com lágrimas de alegria nos olhos)!

Escova de Mamadeira - a babá de Heitor recomenda!


Essa foi a nossa escolha final de escovas para limpar mamadeira. Utilizamos muitas, porque foi uma para o período em que estávamos na casa da vovó de Heitor, e outra para Boa Vista, que já estava velhinha quando trocamos por essa da The First Years. Foi a escolha da babá de Heitor, porque ela tem duas esponjinhas macias, evitando que se arranhe demais o corpo da mamadeira - lembrando que arranhões por dentro permitem que a sujeira fique entranhada neles...
A outra coisa que gostamos foi a forma como a escovinha de bico fica "dobrada" dentro do corpo da escova. Algumas têm também essa escovinha de bico, mas ele é simplesmente encaixado, o que torna mais chato o manuseio. Quando ela fica dobrada para dentro, também não fica totalmente fechada, o que deixa que "respire".
A babá de Heitor agradece!

Encontramos também essa ao lado, bem parecida, especial para aqueles que gostam de preparar o enxoval fora do país. A marca é Sassy, e parece ser bem interessante! No caso, essa tem um dispenser para o detergente e tem cerdas aparentemente bem interessantes.

Quem conhecer e quiser fazer um comentário, adoraríamos!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Blogagem coletiva: Vínculos

Heitor e papai, de mãos dadas.

 Escrevi aqui uma vez como não acredito nesse amor imediato entre os pais e os filhos. Acredito que amamos a ideia de sermos pais. Amamos imaginar nossos filhos, e amamos a figura imaginada. Mas ainda não o amamos, realmente.
Acredito que sentimos, ao lutar pelos nossos bebês, amamentando-os ou zelando pelo seu sono, durante os primeiros dias, um gigantesco senso de responsabilidade - uma introdução ao amor que se forma, mas, a meu ver, ainda não é amor.
Um belo dia, um simples sorriso, um olhar, um aperto nas suas costas durante uma mamada, qualquer gesto simples do seu bebê, funciona um gatilho, uma porta imensa que se abre e deixa entrar a luz mais forte e branca que você já viu. Esse amor limpo, virgem, não contaminado, tão forte e entregue que você nem podia prever que existia, esse é o amor que você carregará no seu peito até o último dos seus dias, às vezes doído, às vezes esplendoroso, mas nunca suave. Esse amor é como uma massa inquebrável no seu peito, lhe preenchendo completamente. Os vínculos, contudo, são outra coisa.
Eles acontecem bem rápido. Vínculos não tem necessária relação com afeto. Vínculo é aquilo que lhe une ao outro, é aquele ponto de encontro entre as suas personalidades. Pode ser um lugar, um pensamento, um projeto ou um quarto compartilhado. Os vínculos nos aproximam dos outros, nos lembram que não estamos sozinhos. Precisamos do outro, dependemos do outro, e exatamente por isso, devemos respeitar e cuidar do outro. Não estamos jogados sozinhos nessa peneira louca chamada universo. Por isso, criamos vínculos.
Assim, há vínculos de ódio e amor, vínculos de amizade ou vínculos simplesmente intelectuais. Os vínculos nos permitem crescer, sermos seres humanos maiores e melhores. Unem nossas mentes e corações, expandem nossa memória RAM.
Sempre que alguém me pergunta como é ter um filho, eu digo: racionalmente, é a maior roubada, mas estranhamente, é a experiência mais fantástica que um ser humano pode viver. É complicado, difícil, invasivo. Gera responsabilidades permanentes. Mas sorrimos um sorriso bobo quando dizemos isso. E simplesmente não sabemos explicar porquê.
Porquê??
 Porque se vincular é difícil. Amar é difícil. Achar pontos em comum com o outro também significa achar pontos de discordância. Relacionar-se é oneroso. A gente sempre pode se machucar, sempre perde privacidade, sempre precisa ceder... Viver sozinho é fácil. Amar, amar é sempre difícil.
É confortável ser livre e só. Mas só no convívio com o outro obtemos material para trabalharmos em nós mesmos e crescermos.
Vínculos podem doer, mas sempre nos deixam maiores. E melhores.
Penso que meu vínculo com o Heitor começou quando o vi na telinha, durante o primeiro USG Morfológico. Ficou tão claro que estávamos compartilhando um espaço físico, duas vidas conectadas por um cordão, que desde então escrevo neste blog. Daí até os chutes, os vínculos foram ficando mais bilaterais... Hoje o Heitor já sabe mostrar o que quer. Ele não gosta de portas abertas por onde não pode passar - então as fecha. Ele não se assusta com os gritos da mamãe. Ele testa os "nãos". Ele não gosta de trocar a fralda - cá entre nós, deve ser entediante, mesmo. Heitor se espalha nas nossas vidas como se espalha no chão de casa, com seus quereres, suas manias e seus incômodos. Nós, meio incomodados com a falta de controle sobre ele, mas felizes de que estamos lidando com uma personalidade única, nos chateamos e rimos ao mesmo tempo. Nos adaptamos. Nos unimos, nos solidarizamos, mudamos os pontos de vista e convivemos.
Com as mãos dadas...




terça-feira, 19 de outubro de 2010

Tele-Heitor, rebolando para a TV!

A POSE! Heitor assiste sua TV, na sua posição habitual.
Mexe pra direita...
Mexe pra Esquerda...!
A minha ideia inicial era permitir que Heitor assistisse apenas a programas educativos, e por um período limitado do dia... É engraçado como vamos relativizando tudo que achamos certo e lemos nos livros a medida que eles vão "impondo" seu desenvolvimento!
"Ora, bolas, mamãe, você também não sai dessa TV!" - e não saio mesmo...
Desde muito pequena, sou completamente viciada em TELAS. Lembro de programas, propagandas e vinhetas (de cor!) de que pessoas bem mais velhas não fazem ideia... Documentários sobre Mozart, programas de auditório, sem critério de seleção, comia tudo com farinha!
Bom, aqui estou eu. Não fiquei alienada, nunca votei no Collor, e, segundo o oftalmologista, os 9 graus de miopia estariam aí de qualquer jeito. Adoro TV, mas nunca vivi só disso.
Daí, deixo Heitor "rebolar" mais um pouco de frente para a TV! Ele nunca fica muito tempo, mesmo. Logo acha um brinquedo, alguém para morder, ou uma formiga para matar com o dedão. Adora seus livrinhos, adora os livrinhos da mamãe, e os folheia com respeito (só os morde, de vez em quando...).
Ainda penso que é preciso limitar o uso da TV pelas crianças. Mas passei a me questionar se, mais do que limitar o "tempo", não seria preciso limitar o "espaço" que a TV (incluindo, aí, os DVDs Educativos...) ocupa na vida da criança, e na vida dos pais, em consequência... Somos nós que devemos ensinar a Heitor o "tom" para "ler" os meios de comunicação disponíveis, para ter visão crítica sobre o objeto, e sobre a informação transmitida. Enfim, podemos conversar e ver TV, e conversar sobre o que vemos na TV.
Assim... Relaxei. Procuro distraí-lo com outras coisas, mas há esses momentos em que ele se apoia no puff, com o queixo nas mãos, e se espalha vendo a TV... Nesse momento, é irresistível não atrapalhar...





segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Heitor "aconchegadinho"!

No dilema "usamos ou não usamos travesseiro" no Heitor, encontrei esse modelo abaixo:


 No Carrinho

Chama-se "Aconcheguinho", da marca "Aconchego". Se parece com uma almofada de amamentação, em formato ferradura. Ele "abraça" uma das laterais e dorme feliz! Quando eventualmente golfava de noite, a golfada "escorria" pela "curva" e ele ficava sequinho. Sem falar que parece um abraço, ele adora.

 Coçando os dentinhos!

Heitor não vive sem seu aconcheguinho!

 Consolando-se depois de tirar sangue...

Tenho procurado esse travesseiro em algum site na internet, e simplesmente não encontro! O de Heitor foi comprado na Loja do Grupo Calma (Calma Produtos), em Salvador.Também o vi no site SOS Amamentação, mas não consta na lista de produtos. Contudo, não é algo muito difícil de encomendar a uma costureira!



Heitor recomenda aconcheguinho!
:)