quarta-feira, 31 de março de 2010

Da série: Pequenas coisas interessantes e possivelmente (in)úteis - PARTE I

Quando a gente é mãe um mundo de consumo se abre... Fica tão difícil saber o que é útil e o que não é!!
Eu e Ina, minha amiga também grávida, tínhamos chegado a conclusão da inutilidade do aquecedor de mamadeiras - pois o ideal seria educar nossos filhos a comer em qualquer temperatura...
Recentemente tive que complementar a amamentação de Heitor, e foi só então que descobri que só pensei no aquecedor para AQUECER a água, nunca pensei na sua utilidade para RESFRIAR! É isso mesmo: as fórmulas em pó pedem que a água seja fervida, e algumas (a que usei, Aptamil) pedem ainda que a água esteja a 40ºC pra diluir o pó e seja servida a 37ºC, nunca mais QUENTE - sob risco de fazer mal ao bebê...
PROBLEMA: a gente ferve a água, coloca na garrafa e aguarda a hora da mamada... Provavelmente ela não estará na temperatura ideal para diluir o pó, e se estiver, não ficará na temperatura de servir, a menos que se espere... Outro problema: depois de pronta, a mamadeira deve ser servida imediatamente.
Enfim, antes de ter certeza sobre o que era preciosismo do leite em pó e o que era essencial, decidi comprar o aquecedor - até porque a mamadeira era servida às 03 h da manhã... Comprei esse:

Não sei se é o melhor... Mas gostei muito de ter comprado! Ele tem três temperaturas, 40ºC, para mamadeira, 70ºC, para cozinhar papinhas e para descongelar leite e 100ºC, para esterilizar - com o potinho, é possível ferver chupetas; com água dentro da mamadeira fervendo por 5 min, ela fica estéril.
Amei, porque estava com medo de ter que levar o esterilizador elétrico, que ganhei de presente e uso ao lado do que comprei, de microondas, em viagens, já que ele é BEM grande.
O aquecedor é pequeno, booom de levar na mala. O único defeito é não ser bivolt.
Para fazer as mamadas, colocava a água fervida na mamadeira, selecionava 40ºC e ia dormir... O aparelho desliga ao chegar a temperatura e liga novamente quando ela abaixa, mantendo-a a 40ºC.
Serve bem também para descongelar leite, embora eu prefira demorar mais com o leite embaixo da torneira, para evitar perder proteínas... Mas na pressa, ajuda a beça.
Hoje não dou mais leite artificial, mas uso ele nas ocasiões em que bombeio leite.

Outro item que encontrei - cuja dúvida sobre a utilidade ainda persiste - é o chamado avental de amamentação, que conheci no site da Baby Moment.
Admito que, em muitos momentos, tive o Heitor URRANDO de fome em meu colo, fora de casa, quando por algum evento o compromisso demorou mais que o planejado... Eu, particularmente, ainda não me sinto totalmente a vontade para pôr o peito para fora em público (embora admita que depois do terceiro mês a vergonha vai passando...). Também acho desagradável usar manta e fraldinha, que costuma escorregar, quando o bebê não as puxa! Certa feita usei, com êxito, o SLING para amamentar! Coloquei o Heitor nele (chiou um pouco), dei uma volta pela sala para ele acomodar, sentei e o virei em direção ao peito! Ótimo! Mas não deixaria de apoiar quem decida comprar algo assim. É um produto bem interessante. Convém só lembrar que é mais uma coisa para levar quando sair... E olha: a bagagem já é grande!

O SLING é uma incógnita: apesar da utilidade acima indicada, eu achei meio complicado usá-lo nos dois primeiros meses do Heitor em Salvador (que RIMAVA com CALOR!). Você já está pingando, e então coloca um pano sobre o peito... O bebê sente a sua agonia e chora... Melhor usar carrinho e bebê-conforto nessas situações, SALVO se for pegar um ônibus ou caminhar com o bebê... Nesses casos as mãos livres são de uma utilidade ímpar!
Dos três meses até hoje, aos quatro, quando ainda não senta, mas já GRITA, igualmente não é fácil, pois o Heitor se mexe demais, fica muito incomodado de ficar retido ali, enfim, não assume sua baianidade, não veste a alma do Norte onde reside: não fica deitadinho naquela redinha NEM A PAU, JUVENAL! Estou ansiosamente esperando ele começar a sentar, para usar a posição de frente, e por enquanto uso meu canguru quando os braços cansam... Esse esquenta, incomoda, mas ele reclama menos...

De repente, um sling sem bolso lateral pode ser mais fresco, e há lojas que vendem slings para banho, que parecem interessantes. Se alguém tiver uma experiência diferente, comente! Eu tou nessa, doida pra colocar Heitor sentado no sling, de preferência, sem CALOR!

segunda-feira, 1 de março de 2010

Heitor chupa chupeta



Escolhi essa foto para iniciar o post, porque ela foi tirada na maternidade, logo depois do Heitor chegar no quarto... Essa chupeta não foi escolhida por mim: ela foi dada a ele na UTI Neo. Admito que me espantei, pois acreditava que essa seria uma das decisões altamente analisadas que teria que tomar sobre a criação do Heitor. Mas não fiquei chateada, nem um pouquinho (tá, fiquei só chateada porque achei essa chupetinha muuito feia, e até hoje ele não aceita outro modelo!!), quando vi que a chupeta veio acompanhada dessa carinha carente de "onde você estava, mamãe?"...

Bom, assim, sem nenhum estudo prévio, meu filho entrou para o rol das crianças que chupam bu-bu (eu chamo a chupeta assim). Eu, como mãezona que sou, corri e comprei mais cinco iguaizinhos àquele, não sem antes cair no google, para realizar um dos meus famosos estudos sobre o tema.
Conclusões:

O bu-bu é LEGAL!

Os médicos chamam o hábito chupar a chupeta de "sucção não nutritiva", considerado normal e aceitável em bebês e crianças de até dois anos. Tá, essa necessidade de sucção do bebê normalmente se resolve com a amamentação, mas alguns bebês precisam do bu-bu para se sentirem mais calmos, pricipalmente nas situações de tensão, como quando sentem cólicas, gases ou medo.

Dessa função de acalmar vêm o termo em inglês "Pacifier". Ela é muito útil, sim, nesses momentos de stress ou mesmo na hora do cochilinho... Ela consola, aconchega e acalenta. Propicia menos gasto energético, dá ritmo, coordenação, força muscular e melhora a oxigenação transcutânea ("aproveitamento" do oxigênio através da pele).

O PRINCIPAL: Antes de coroar o bu-bu como o vilão da vez, coroa-se o dedo: assim, no melhor estilo "eu sou ruim, mas ele é pior", o bu-bu resta perdoado, ante os malefícios provocados ao chupar o DEDÃO, que pode danificar as áreas fonoarticulatórias. Chupar o dedo é algo meio difícil de evitar, pois o dedo, LITERALMENTE, está "à mão" do bebê, ou, como dizem os médicos, "presente no esquema corporal" - ora, pode-se esconder todos os bu-bus da criança depois dos dois anos, mas o dedo, fica impossível! Enfim, sendo mais fácil limitar a chupeta do que o dedo... Ponto para o bu-bu.

Como tudo que é legal, é preciso apenas evitar os exageros...

Se o nenem for ficar acordado por mais tempo, é conveniente deixar o bu-bu de lado. Esse é o momento dele, intimista... O Heitor bate, então, altos papos com sua mão, bgha, yhagggg.... Morde o chocalhinho, coooospe, baaaba, e o principal: mostra o banguelão!!

Ah, PARÊNTESES: salvo quando o papo é particular (normalmente, ele nem nos dirige o olhar nesse momento...), gosto de responder os ghaaaaah, ghaaaahs dele! Li isso em algum lugar e funciona, em alguns momentos ele entende os padrões e até repete, esperando a mesma reação de mim. Fica superfeliz de ser "entendido"! Ele grunhe "Ghaaah" e eu respondo qualquer bobagem. Ele grune de novo, eu respondo de novo, e fica visível a alegria dele por estar batendo papo!!

A hora do bu-bu, depois da "ginástica nas cordas vocais", vem beeem depois dos olhinhos vermelhos e vidrados, bocejos, mãozinha no olho... O problema é quando coloco ele para dormir e ele se agita: ligo o "bubu-sinal", ele entra em cena e o sono chega, imediatamente. Dou duas voltas na cozinha, retorno ao berço e se a chupeta não tiver caído, é só esperar o sono profundo e tirá-la delicadamente...

Segundo os médicos, se a chupeta permanecer interposta entre os lábios, a criança pode perder a "memória" muscular de permanecer com a boca fechada, o que é fundamental para que respire corretamente pelo nariz. Ah, e se ele largou o bu-bu, não se deve colocar de volta.

Problema: o Heitor as vezes larga a chupeta e imediatamente depois se DESESPERA atrás, até parece que o ouço gritar: "Caiu!! Eu juro que foi sem querer! Eu ainda quero, juro!". Sinceramente... Pediatras que perdoem: coloco de volta. Daí ele vira os olhooos... Coça o cucuruto, assanhando os cabelos (Heitor faz isso quando dorme e quando mama), e dorme. Sem streeess. Regra também tem limite...

A chupeta recomendada é a chamada ortodôntica, que, segundo dizem, tem "forma anatômica semelhante ao seio materno" - a propósito: seio de QUEM??? PeloamordeDeus, se eles dizem, eu acredito, mas já notaram como TUDO hoje parece com o seio materno e no fundo, NADA se parece com o seio materno? Melhor: todos esses "tudos" que parecem com o seio materno, não se parecem entre si??

Bom, enfim... Se eu entendi bem, a tal "semelhança" com o mamilo faz com que a ponta da língua se eleve dentro na cavidade oral, "estimulando a preparação das zonas de contato da língua para uma deglutição que não provoque alteração da arcada dentária, e também ajudando a produção dos sons como: T 'te', D 'de', N 'ne' ,L 'lê', R 're"
' e 'lhe'". Também permite uma melhor pressão dos lábios pelo formato achatado e bulbo curto.

O disco plástico externo deve ser côncavo, voltado para a boca, amplo, para que o bebê não SUGUE ele também, e vazado, para prevenir asfixia e minimizar dermatites de contato, por conta da saliva retida entre ele e a pele. ÓBVIO que não dá pra usá-la de cabeça para baixo. O material de preferência é o silicone, porque deforma menos e é mais higiênico.

Pronto, essas foram as informações que decidi que eram relevantes para a minha família. Sinceramente... Acho que há um alarmismo excessivo quanto a algumas coisas que li, e que nem incluí aqui, sobre "atrofia dos músculos das bochechas, lábios e língua flácidos" e "desmame precoce". Um, porque se o uso é limitado a alguns momentos, não se pode dizer que haja tempo suficiente para afetar a musculatura do bebê e a amamentação a esse ponto. Dois, porque também já li que não se deve acostumar o bebê a "chupetar" o seio, sob o risco dele acostumar a fazer "lanches" e não mamar o seio todo, dormir apenas no seio e ainda provoca rachaduras. Daí quando ouvi o comentário: "a necessidade de sugar do bebê tem que ser satisfeita toda no peito", perguntei: "e se ele acostumar a dormir apenas chupetando o seio?" Acreditem, ouvi de um médico: "aí, neeeesse caso, deve-se usar a chupeta!". AAAAAAH, TÁ! :/

ENFIM: Heitor chupa chupeta. Mamãe de Heitor chupava chupeta quando bebê e, já maiorzinha, comiiiia como uma desesperada, mastigava o bife muito feliz e, depois de lamber o caldinho do feijão no fundo do prato, ainda corria para a despensa atrás do pacote de biscoitos... Me lembro de um comentário da minha avó quando informei a ela que a recomendação dos pediatras agora era outra, não me lembro quanto ao quê: "ah, é assim, agora? Então você faz, mas olha... Eu já criei TANTOS do outro jeito..."

Dê ao seu filho amor e atenção, ajude-o a se comunicar, compreenda que o choro é a sua fala. Tenho certeza que vai ser difícil abusar da chupeta assim... Eu particularmente adoro assistir a sequência de Heitor, "berreiro-vermelhidão facial-grito mudo-beiço profundamente ofendido", aprendi a respeitar o choro dele. Aprendi, mais ainda, a respeitar o olhar dele, antes de qualquer regrinha determinada. Esse olhar aí em cima, esse olhar é o olhar do bu-bu. Esse bu-bu amarelo, por enquanto, ninguém tira...

FONTES: Saúde na Internet; BEBE.COM.BR

PS.: Ele acordou enquanto eu escrevia... Mexeu, resmungou, e eu fiquei olhando... Cogitei dar o bu-bu para que ele voltasse a dormir... Foi quando os gases saíram, trovejando!! Deixei que ele "tocasse seus timbaus" em paz, e voltei para salvar o post. Foi quando o resmungo ficou incisivo e direcionado à minha pessoa (Um "Ghaaaah!" seco, que se não for atendido, vira choro - já reconheço o padrão!), fui observá-lo. Ele estava sem meias, com uma perna da calça torta, na diagonal e com o cobertor enrolado no rosto... Arrumei ele e esperei... As perninhas mexiam, eu dei então o bu-bu e passei a massagear a barriga... Puf! Não sei se aliviaram-se os gases, mas ele dormiu, e o bu-bu caiu! Voltei para descrever isso para mostrar porque, para mim, só não são melhores amigos do bu-bu o DESESPERO, a PRECIPITAÇÃO e a FALTA DE OBSERVAÇÃO! E ele ainda é uma ótima companhia para o Heitor, enquanto os tambores rufam... :D