sábado, 21 de novembro de 2009

E o primeiro olhar de Heitor vai para...

Eu tive três obstetras: uma em Porto Alegre, uma em Boa Vista e uma em Salvador - Heitor é mesmo um fenômeno global!!

Adorei todas três: a Dra. Mila com seu jeito carinhoso e cauteloso; a Dra. Francinéa, sempre alegre e desestressada, e a Dra. Luciana - que é muuuito, mas muito meiga! Foi o melhor presente que a tia Ina deu a Heitor!

Folheando uma revista enquanto esperava pra fazer (outro...) exame de curva glicêmica no laboratório, eis que me deparei com uma foto da fofa da Dra. Luciana pajeando a Ivete... Controlpiei a foto do site e trouxe pra cá!

Poxa, os fãs do axé que me perdoem o corte de photoshop, mas a Dra. Luciana merece um fã-clube só dela!!


Essa é a "Tia" Luciana, que descobrirá Heitor antes de todos nós...

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Pede pra sair, Heitor...!!!


EM TEMPO: Pede pra sair, mas espere chegarem seu pai e a câmera fotográfica de NY... ;)

Noooooossa, quando ouvia tooodas as amigas falarem da "ansiedade do final" da gestação, não imaginava o porquê de taaaanta agonia... Agora sei. A barriga PESA. As pernas DOEM. A comida ENTALA e não desce. O SOOOONO capricha, mas você não consegue dormir... A barriga coça, o CALOR enlouquece!! Anda tal qual uma pata, gingando para os lados... Respira com dificuldade. Coisa de pirar qualquer cristã.
Não vou neeem comentar a tal "concha de preparação", insuportável para o calor baiano (o que não seria muito diferente em Roraima...)! :/
Heitor mexe as cadeiras, arrebita a bunda, e deforma a barrigucha toda. Remexe os pezinhos e empurra o umbigo da sua amada "hospedeira"! Durante a noite, treina seu headbanging e delicadamente faz sua mamãezinha correr para o banheiro, doida por um xixi. Isso sem falar nos "carinhos" na virilha...
Sei que é nojento, mas é de utilidade pública contar: às vezes a azia capricha durante a noite, a digestão não se completou e fica impossível deitar. Mas o sono é tanto, que não tem como não deitar! Resultado: você acaba por correr para o banheiro toda "vomitante" para se debruçar no vaso. Problema: diferente do que ocorria lá no início, agora você tem um cabeção "se aconchegando" lá embaixo, e os consideráveis quilos restantes pressionando a sua bexiga... Resultado 2: Fazer força = xixi escorrendo pelas pernas!
A cena é no mínimo esdrúxula: você finalmente agradece ser o seu banheirinho minúsculo o suficiente para você permanecer dentro do chuveiro enquanto deixa o presente no vaso. Ou, caso você seja dessas mulheres de sorte com um banheiro enorme, recorre a um "peniquinho" que lhe permita não sujar todo seu lindo banheiro. Não reclamem, o estado gravídico é, no mínimo, 50% nojento. E ligeiramente ridículo...
Agora o último sintoma "normal" que me apareceu é hilário: DORMÊNCIA NA BUNDA! Esse é FANTÁSTICO, e me fez rir histericamente! Percebam bem: enquanto você carrega 3.300 kg de Heitor para frente, no charmoso "passinho de pata", a sua bunda age como se você tivesse pedalado 15 km de bicicleta!! :D
E enquanto vivencia tudo isso, você lê os ótimos livros da "Encantadora de Bebês", e, inevitavelmente, ainda que sentindo um MEDO DESESPERADOR de pastorear a personalidade de um ser novinho em folha (logo você, tão cheia de defeitos, que eventualmente parece não saber cuidar direito nem mesmo da sua própria personalidade...); ainda que sem ter certeza sobre se deve ou não deixá-lo usar a chupeta, se permitirá que ele durma no seu quarto, ou se é ou não conveniente utilizar às vezes a mamadeira... Você olha pra barriga esticada, coçando, quase explodindo de vida em potencial e pensa: QUE VENHA!!
Acho que é bem esse o segredo das lamúrias e algúrias do nono mês... Elas nos "empurram" para fora do medo, do assombro pela grandiosidade de gerar uma vida, de conduzi-la ao caldeirão transbordante complexo colorido chamado mundo. Ela, já semi-pronta, colagem de genes, cheia de instintos, de temperamento, inteligência, tendências, já capaz de se diferenciar, de ser original. Unica e misturada, e exatamente por isso, com suas particularidades...

"Todos somos como os seres humildes o são: solitários, nus, e abertos e expostos ao amor e à luz".
A. Compte-Sponville