quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Plesentitos!!

Alguns presentinhos recentes fotografados (olha, não estão todos aí, mas não fiquem tristes, pois todos serão devidamente curtidos!):

1. Presente do Papai: banheira inflável que faz "quac". Ideal para a mala de um bebê que acumula milhagens desde a barriga!!



2. Uniformes: democracia futebolística é isso aí! :)



3. Paninhos de boca, que ganhou do Tio Duda. O mistério especial desse presente é o "Tênis"!! Vocês colocariam o pé dentro de um desses tênis?



4. Presentes da mamãe!! Resolvi quebrar um pouco com os "ursinhos fofos" das roupinhas de baby, lançando essa coleção mais "Roquienrou" para Heitor! Para ele saber a que veio...





5. Do kit "frases". Enquanto Heitor não aprende a falar, a gente acha um jeito de expressar o óbvio... ;)



terça-feira, 18 de agosto de 2009

Relógio Biológico

É claro que uma pessoa que sempre foi tão avoada+doida+porralouca como eu, grávida, escuto todo tipo de questionamento sobre o tal relógio biológico, que nos desperta para a incrível, fantástica e única experiência de ser mãe... As pessoas cujo "relógio" já bateu as doze badaladas, perguntam sobre os detalhes dessa sensação ímpar, ou às vezes só sorriem para a barriga quando você passa (como diria minha colega blogueira do Blog da Grávida! :D)...
Adianto às pessoas que têm fé no tal relógio que não me perguntem absolutamente nada, caso não desejem se decepcionar amarrrrrrgamente: salvo esta linda peça em aço cirúrgico e mostrador cor-de-rosa que se encontra no meu pulso esquerdo, eu não tenho "relógio".
A verdade é que não tenho muita fé nesse relógio maternal, e nunca me dispus a ouvi-lo...
Estranhamente, vejo mulheres desejarem um filho, sob o signo do "relógio biológico falando", em momentos onde sua vida emocional não está tão equilibrada assim, ou como manifestação de uma necessidade de "ter alguém" que supostamente não vai lhe abandonar...
Sempre me pareceu, seguindo esse viés, que a conversa de "relógio biológico" só serve às mulheres que têm filhos pra completar algo "vazio" em si. Algumas até afirmam esse vazio...
Isso sempre me lembrou algo meio Freudiano, em razão da tal "perda narcísica" da castração, como modo de sentir-se verdadeiramente mulher, completa em sua feminilidade, a qual lhe foi restringida na infância... Desejar criar uma criança não para formar um ser distinto, independente, mas para corresponder, nesse pequeno ser, à figura arquetípica de mãe (e dizer a famosa frase: "eu sou sua mãe!", aquela que responde a quase todos os questionamentos do rebento e que pode ser dita em todos os tons...!!). O filho não é uma pessoa, é quase uma posse desta mulher.
"Ela abandona seu desejo de um pênis e coloca em seu lugar o desejo de um filho, com esse fim em vista, toma o pai como objeto de amor. A mãe se torna objeto de seu ciúme. A menina transformou-se em uma pequena mulher." (Sigmund Freud, 1925).
Ok, ok, nós mulheres temos os nossos instintos... E temos a boa e velha intuição, também. Não estou excluindo toda e qualquer manifestação do DNA em relação a filhos. O que considero meio estranho - e Deus ajude que seja por pura ignorância minha - é a necessidade de um filho! Dessa necessidade eu nunca padeci, salvo nos momentos de carência absurda em que alguém que dependesse muito de mim parecia algo deveras atraente...
Querer um filho é diferente de estar disposto a criar um filho, com todas as suas nuances. "Ter" um filho não pode significar "perpetuar a espécie", simplesmente, "tornar-se imortal", colocar no mundo alguém que contará a sua história, seguindo aquela máxima BIZARRA de que a missão do homem na terra é plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro...
Assim, o momento perfeito para gerar uma criança é aquele em que duas pessoas estão COMPLETAMENTE dispostas a aceitar a sua incompletude e desenvolver-se ao lado da criaturinha que cresce, descobre, aprende e compreende. E mais, a compreende-la, a guia-la, a ser firme se necessário. O filho é um projeto que se concretiza aos poucos, e que nunca estará terminado. É, indubitavelmente, um projeto PARA O MUNDO, com plena autonomia e sempre incompleto. O filho NUNCA é seu. Só leva sua assinatura e seu orgulho...
Por isso adoro o fato de Heitor chegar em uma família já pronta, unida em si, mas onde cada um tem sua função social no mundo e não depende definitivamente do outro... Cada membro da família sendo independente e autônomo, ELE deverá encontrar o seu papel nela. Quero me esforçar para não mudar nadinha em razão da chegada dele: nem os móveis da sala (ok, levantarei uma tentadora corda de flores que até eu sinto vontade de puxar...), nem as minhas metas e projetos.
Adoro também a "incompletude" de nossas próprias vidas nesse momento, os sonhos sem alcançar, os projetos de vida a realizar... Heitor não é um fim em si, é mais uma força, mais um braço da família para lutar e conseguir. Foi bom para mim ver minha mãe estudar, formar, começar a trabalhar... Vai ser bom para ele, também, ver a mãe e o pai alcançando seus sonhos, atingindo suas metas, mudando, construindo...

Digam o que quiserem (só não joguem tomates): não considero Heitor um "presente" ao qual a nossa vida deve se adaptar... Acho que devemos ensina-lo a se adaptar ao mundo que construímos, o qual já estava estruturado quando ele chegou... A lutar para muda-lo, caso assim deseje. E ele deve, sozinho, aprender a somar-se ao casal, aos avós, tios, primos e parentes que passaram a ser dele (ou "com ele"), mas que são outras coisas também, são profissionais, são esposos, têm outras "máscaras" e outros papéis a exercer...
Realmente acredito que crianças assim têm mais consciência de seus limites e de seu lugar no mundo. Limitar ou modificar a nossa rotina por conta dele não pode significar deixar que ele perceba ser a causa disso. Bom, pelo menos não depois dos 2 anos de idade...
Filhos que nascem e crescem convivendo com relações felizes, sem "necessidades", absorvendo, sem traumas e aos poucos, as "manias do papai" e "maus hábitos da mamãe", até mesmo os seus medos e "faltas de educação", em minha opinião, são crianças destinadas a serem mais leves, mais seguras... Que sabem que o mundo lá fora não é perfeito, não é todo delas, não é como um vídeo do Barney. Sabem somar, sem subtrair. Sabem achar seu espaço.
Ensinar valores, aceitar os erros, ser rígido ou maleável, tudo isso REQUER, aliás, EXIGE muita segurança em SUA própria vida. Exige muita disposição para amar, para tolerar, para ouvir, para conviver e compartilhar: mas também muita segurança para não ceder, para guiar, para ignorar a dor provocada e ser firme no propósito de fazer um ser humano melhor, tão necessário a um mundo cheio de canalhas... Saber ter orgulho e premiar os acertos, mas saber apontar os erros e conduzir aos bons caminhos...
Heitor nunca me impedirá de mandar em meu nariz. De realizar meus sonhos e atingir minhas metas. Nunca terá, contudo, de carregar fardo outro que não seja o de ser o que é, ser imperfeito sobre a Terra, em um país tropical luso-americano, ser meio gaúcho e meio baiano, gerado em terras macuxis e desde as primeiras semanas, viajando o país em asas metálicas......

domingo, 9 de agosto de 2009

Aos pais e futuros pais...

O texto não é meu: é de um grande amigo, do papai Rodolfo para o então bebê Rodolfinho.
Para desejar um feliz Dia dos Pais a todos os pais, e em especial ao papai do Heitor, que está longe dele agora...



"Amor de Pai
Letra: Rodolfo Pamplona Filho (2007/2008)
Música: Jorge Pigeard
Quando eu soube que você viria,
sensação diferente foi a minha:
alegria de receber alguém que não conhecia,
mas que conheceria como ninguém mais poderia

As primeiras noites mal-dormidas...
Cólicas, febres e recusa à comida...
Fraldas, chupetas e mamadeira...
Cuidar disso não foi brincadeira...

Confesso que senti ciúme do seio
Pois queria estar naquele meio
Trocar sentimentos sem sequer falar...
Tocar o coração sem mais nada precisar...

Ler histórias para dormir no maior breu...
Colocar nos ombros para ver “como cresceu”
Ver um sorriso que ilumina o ambiente
E uma risada que alegra toda a gente

Assistir o mesmo filme 50 vezes...
Explicar a mesma coisa por meses...
Cantar a mesma canção para acalmar...
Replay’s de cenas no aprendizado de amar...

Ver aquele pingo de gente crescer
Descobrir novo ser, sem do antigo esquecer...
(R)Encontrar alguém que o conhece desde que nasceu...
E que não mais aceita todo conselho seu...

- não faço isso por mal, mas para poupar
que sofra da mesma forma que eu, ao sonhar...
Esqueço que filhos também têm o direito de tentar
cometer novos erros ou os mesmos, para meu frustrar...

Mas, mesmo assim, quando a saudade aperta,
Ainda que a volta ao lar seja realmente incerta
Quero dizer que os pais nunca ficam sós,
Se for possível ouvir, de longe, a sua voz...

A minha torcida pela sua vitória
A construção conjunta de uma história...
A minha alegria pela sua felicidade
Amor de pai não tem idade...

Ciudad Real, 08 de setembro de 2008"

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Sotaques...

Papai Pflug, você não posta então eu vou postar, depois você edita:

Diálogo entre papi Pflug e seu aluno:

Aluno (Roraimense): Professor, qual vai ser o nome do seu filho?
P.P.: HeitoR (assim, com um R bem gaúcho)
Aluno: Ah, Heitô!
P.P.: Heitô não, HeitoR!


Meu cunhado me contou sobre esse diálogo... Senti uma pena imensa desse desavisado papai! Não sei como contar a ele que 50% da família do Heitor só o chamará de "Heitô", e na melhor das hipóteses: na mais provável ele será chamado por algum grunido semelhante a "Etô". É certo, contudo, que NUNCA, mas NUNCA MESMO, o chamarão de HeitoR, com esse "Rê" tremedor, lá pros lados da Bahia!

Agora só consigo pensar na PANACÉIA de palavras que formará o "dialeto" falado por Heitor! Vejamos possíveis exemplos:

- Ele vai ao Bonfim e exclama: Que "lomba" "da porra"!
- Nos aniversários infantis: "ô vei", dá um "negrinho" aí, "namoral"!
- Vó, quer "erva"? (nesse momento a minha mãe desmaiaria)
- Tou todo "assanhado" pra sair... (no Sul: tá empolgadinho pra balada; na Bahia: com aparência de saído do ovo, incompatível com a balada)
- "Oxoxoxoxoxi", "Capaz"! (espanto 50% incompreensível na Bahia e 50% incompreensível no Sul")
- Tio, dá um "cusco"? (aí meu irmão metia a mão no "piá", certo de que ele deseja uma porrada!)

E esse dicionário do "Heitorês" ainda rende! É preciso, ainda, colocar o sotaque "Macuxi" de Boa Vista, dando uma entonação Nortista ao vocabulário...

Coisa única esse mix-guri:

"Bah! É Niúma!"


Amanhã ele dá as caras de novo na telinha. Está tão empolgado aqui dentro, que dá "cambalhotas/cabriolas" por segundo, tal qual um PUM PRESO!
Resta definir se está dançando "chula" ou "afoxé". Pilchado, ou a la Filhos de Gandhy...

Caro Heitor: só o pão cacetinho o libertará! Pelo menos o cacetinho é pão, no Sul ou na Bahia!